Para engenheiro, falta qualificação técnica ao ministro Lobão
No artigo “Energia elétrica garantida“ (Tendências/Debates), o ministro Edison Lobão escreveu o que qualquer comentarista de TV tem feito melhor sobre a crise de energia elétrica.
Como a falta de qualificação técnica impede o “ilustre ministro” de informar com melhor clareza a real situação, por que não convocar um engenheiro do próprio Ministério de Minas e Energia para esclarecer o problema?
SÉRGIO LEME ROMEIRO, engenheiro civil (Campinas, SP)
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Sobre reportagem “Às margens da usina de Tucuruí, 12 mil famílias vivem sem energia” (“Mercado”, 7/1), para cuja elaboração o Ministério de Minas e Energia não foi ouvido, a sua assessoria esclarece o seguinte:
1) De acordo com o Censo 2010 do IBGE, há, no entorno da usina hidrelétrica de Tucuruí (PA), 1.450 famílias –e não 12 mil famílias, como foi divulgado– sem acesso à energia elétrica;
2) Até dezembro de 2012, o programa Luz Para Todos levou energia a 31.708 domicílios no entorno de Tucuruí, beneficiando cerca de 150 mil pessoas, com investimentos de R$ 245,9 milhões do governo federal. O número de domicílios é aquele identificado pelo Censo de 2010. O surgimento de novas famílias sem energia, apontado em levantamento posterior, foi o que motivou a prorrogação do programa para o ano de 2014;
3) Para atender às populações das ilhas do lago de Tucuruí, que estão sendo identificadas e cadastradas pela Celpa, o governo, em cumprimento à lei 12.111/09, está preparando leilão para solução específica, com geração de energia alternativa.
ANTÔNIO CARLOS LIMA, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)
RESPOSTA DO JORNALISTA AGUIRRE TALENTO – Nas 1.600 ilhas do lago, há 12 mil famílias sem luz, segundo estudo da Prefeitura de Tucuruí apresentado à reportagem.
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A reportagem “Moradores do Alto de Pinheiros enfrentam Eletropaulo no STF” (“Cotidiano”, 12/1) mostrou uma demanda que jamais deveria chegar ao Supremo.
Como consumidor, tenho severas críticas à Eletropaulo. Engenheiro de telecomunicações, jamais vi estudos que provassem que há danos à vida humana motivados por convivência próxima da rede elétrica de alta ou de baixa tensão.
Resta, porém, concordar com os moradores do Alto de Pinheiros, em São Paulo: a aparência da rede aérea da Eletropaulo no local é horrível. Esteticamente tudo se resolveria com o “enterramento” da rede elétrica.
ANTONIO SERGIO BIAGIOTTI (São Paulo, SP)
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