Fechar
Buscar no Site

Pânico nas redes sociais

Impressionante o poder das redes sociais de disseminar o pânico numa cidade. O que mais impressiona, também, é a credibilidade que se dá a essas boatarias, mesmo pessoas instruídas e que lidam diariamente com a informação. Só um medo exacerbado e entranhado no subconsciente, mesmo, provocado pela violência do dia a dia, é capaz de explicar tamanha crença em boatarias lançadas com frequência nas redes sociais e que, em todos os casos, sem exceção, passado o frisson do alarmismo, fica provado que não era nada daquilo, fazendo com que esses ‘crentes’, então, voltem a pisar no chão, à realidade.

Na última terça-feira, feriado de Tiradentes, depois de um caso isolado de tiroteio com morte de uma adolescente no Bairro de Fátima, espalhou-se nas redes sociais que havia um ‘toque de recolher’ em São Luís: “bandidos estão atirando em cidadãos, já tem várias pessoas baleadas nos hospitais, só no Socorrão I cinco vítimas de bala já deram entrada”… Aí já usaram para aumentar o desespero das pessoas o caso da enfermeira que estava desaparecida e que havia sido encontrada morta, como se ela tivesse sido vítima dos loucos que estavam atirando e matando pessoas a esmo na cidade… enfim, um pânico generalizado. E o que restou provado no final: o tiroteio do Bairro de Fátima, com quatro (e não sete) pessoas baleadas e uma adolescente morta. Nada, além disso.

O antídoto para as ‘notícias’ que provocam pânico nas redes sociais é um só: desconfiar e tentar checar, antes de passar em frente. Passando em frente, o ‘acredita em tudo’ só está contribuindo para aumentar o pânico. (Jornal Pequeno)

O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.

mais / Postagens