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Pai de Brunno Matos se pronuncia pela primeira vez

O pai do advogado Brunno Matos, Rubem Soares, sente-se revoltado com o resultado do julgamento dos acusados de matarem o seu filho na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, no bairro do Olho D´Água em São Luís. Em comentário enviado a este blog, Rubem diz que a pena de oito anos ao assassino Diego Polary foi “lastimável, triste e vergonhoso!”.

Os  três acusados da morte do advogado Brunno Matos foram condenados pelo Juri Popular. O julgamento realizado pelo 2º Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, resultou na condenação de Carlos Humberto Marão Filho, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes. Diego Polary foi condenado a oito anos, Cláudio Marão pegou uma pena de seis anos e João José Nascimento Gomes foi sentenciado a um ano de prisão. Os acusados deverão recorrer das decisões em liberdade uma vez que o resultado dessas penas ainda serão transitados e julgados.

Segundo a decisão judicial, Diego Polary foi responsabilizado por ter sido o autor das facadas que levaram Brunno Matos a morte e foi condenado a oito anos de prisão; Carlos Humberto Marão por participação no homicídio e nas tentativas de homicídio foi condenado a seis anos de reclusão; e João José, que era o vigilante da rua na ocasião do crime, foi condenado a um ano de detenção.

Em publicação no Facebook, o pai de Brunno Matos desabafou: “Estou sem chão. No Brasil as coisas são assim mesmo. Você pode matar uma vez, nada acontece, basta ter curso superior e residência fixa. Uma pena de 8 anos para um assassinato e uma tentativa. O réu em questão, saiu pela mesma porta que entrou, mesmo condenado. Quem foi realmente condenado fomos nós, que perdemos nosso filho de forma brutal, dor que nunca passa, saudade que nunca cessará. Tenho certeza que onde o Brunno estiver, ele está muito triste, por ter abraçado uma profissão que hoje nos condenou a um sofrimento eterno“, declarou Rubem Soares.

Que os responsáveis por essa condenação reflitam e cheguem à conclusão que cometeram um grande equívoco“, completou.

Os condenados devem responder em liberdade, até o o julgamento do recurso em segunda instância que será feito pelo Tribunal de Justiça. Caso o TJ mantenha a condenação eles devem iniciar o cumprimento da pena. Os três réus foram sentenciados pelo Tribunal do Juri pelo homicídio e as duas tentativas de homicídio – contra o irmão de Brunno, Alexandre Matos, e do amigo Kelvin Kim Chiang – resultaram de uma discussão, decorrente de quebra de retrovisores de alguns veículos que estariam obstruindo o acesso à garagem da residência do acusado Marão Filho, localizada na Rua dos Magistrados, no bairro do Olho D’Água.

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