Os senadores do velho Maranhão
“Você é do Maranhão do Sarney?” Todo maranhense que já viajou alguma vez a outro estado já se deparou com essa situação constrangedora. O cinquentenário de domínio do clã deixou uma marca em nossa história e também em nossa imagem. A política maranhense é do coronelismo, do toma lá dá cá, do pragmatismo exagerado, não poupando meios para alcançar objetivos.
Pois neste episódio final da novela do impeachment, ocorrida hoje, a política maranhense volta a ser estigmatizada por essa marca. A bancada maranhense do Senado entrou em peso na negociação.
João Alberto e Edison Lobão teriam negociado a candidatura à reeleição em 2018. Surpreendem os senadores sarneysistas, que viveram mais de 12 anos de amor intenso com os governos do PT, agora negociando cargos para trair Dilma.
Outro senador maranhense, mas não eleito pelo grupo Sarney, Roberto Rocha, segundo a imprensa nacional, teria negociado com Temer uma diretoria do Banco do Nordeste, segundo a imprensa nacional.
Por sorte, os maranhenses têm outro exemplo que vem ganhando vulto nacional. Independente do cada um acha do governo Dilma, todos admitiram a coerência e convicção do governador Flávio Dino em sua defesa. Indiferente às situações conjunturais, ele manteve sua posição. Dá um belo exemplo de que a política também pode ser o exercício dos princípios colocados em prática.
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