Os detalhes finais do casamento de Lula e Janja: celular vetados e petistas históricos fora da lista
Lula e sua noiva, a socióloga Rosangela da Silva, não conseguiram se livrar de um problema comum para quem casa: a lista de convidados da festa. Como tinham a preocupação de que a cerimônia marcada para esta noite não fosse um ato político, o ex-presidente e Janja estabeleceram como critério para os convidados ter relação de amizade com o casal. Petistas históricos como o ex-ministro Zé Dirceu e nomes da cúpula da campanha de Lula, como o coordenador José Guimarães ficaram de fora.
Algumas exceções acabaram sendo feitas e a lista, que inicialmente tinha 150 pessoas, ultrapassou as 200. Convidados como o casal Chico Buarque e Carol Proner já comunicaram os noivos que não vão comparecer porque estão na Europa. Carol dará aulas em Paris e na Espanha e Chico se encontrará com familiares.
Outros artistas, como Daniela Mercury e sua esposa, Malu Verçosa, confirmaram presença, assim como a chef Bela Gil, que indicou a estilista que assina o vestido de Janja. Há a possibilidade de que os filhos de Lula sejam padrinhos, já que o casamento será não só religioso, mas também civil. Pessoas próximas aos noivos relataram que a opção por familiares seria uma forma de evitar que amigos se sintam desprestigiados. Lula e Janja abriram mão de lista de presentes.
Até o momento, a decisão é de que os aparelhos celulares estarão vetados, tanto do staff do evento quanto dos convidados. O convite impresso recomenda que as pessoas fiquem “longe dos celulares” na festa. Haverá um espaço para que as pessoas deixem seus telefones antes de entrar no evento.
A área de segurança acompanha, por meio das redes sociais, movimentos de convocação para protestos na porta do local da festa. Há a avaliação, no entanto, de que o barulho deve se concentrar mesmo na internet. Os noivos fizeram questão de chamar como convidados todos os funcionários e seguranças que atuam no entorno do casal.
O casamento seguirá a tradição de os noivos passarem o dia se arrumando em locais separados e para se encontrarem na hora da festa. Todos os detalhes foram organizados pela própria Janja, que, segundo amigas, esteve muito ocupada nas últimas semanas com o evento. A socióloga, que costuma marcar presença em muitas reuniões no PT ao lado de Lula, se fez menos presente nos últimos encontros, por causa da cerimônia.
A bebida escolhida para os brindes da festa foi o espumante brasileiro Cave Geisse Brut, que custa em torno de 130,00. A comemoração também vai ser regada a vinho branco Freixenet Sauvignon, em torno de R$ 60 a garrafa, vinho tinto Perro Callejero Blend de Malbec, em torno de R$ 80,00 a unidade, além de cerveja Heineken.
Apesar de o casal rechaçar o uso político da festa, a campanha de Lula aposta que a união terá efeitos positivos para o petista ao contrapô-lo com Bolsonaro. A avaliação é que a celebração mostra que Lula é um homem de família, por ter feito questão de sacramentar as três uniões que teve em sua vida na esfera civil e religiosa, sendo que nunca se separou. Lula se tornou viúvo da primeira e segunda esposa.
Nascida em União da Vitória, no Paraná, Janja, 55, é filiada ao PT desde 1983 e formada em sociologia pela Universidade Federal do Paraná.
Na gestão do petista, foi indicada em 2003 para um cargo na Itaipu Binacional, onde trabalhou por quase 15 anos. De 2012 a 2017, atuou na Eletrobras, no Rio, após ter sido requisitada. E se aposentou em 2020.
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