Foto: Baêta

A politização dos discursos, ontem, em São Luís, não deixa dúvidas sobre a verdadeira motivação da vinda da presidente Dilma Rousseff ao Maranhão. Fragilizada, isolada no plano nacional e ameaçada por um processo de impeachment, a presidente da nação veio em busca de iniciar uma sonhada virada nesse jogo em que corre sério risco de ser derrotada; ou pela Justiça, ou por ação de um PMDB, que, embora não confesse, não vê a hora de assumir o comando do Brasil e do seu cofre.

Ficou claro que a entrega das residências do programa Minha Casa Minha Vida e a inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) serviram apenas de cortina de fumaça para um ato político de desagravo e de apoio do Maranhão a Dilma Rousseff nesse momento difícil que a presidente atravessa. E, ressalte-se, um apoio por demais importante, levando-se em conta o enorme respaldo popular do governador Flávio Dino.

Com toda certeza, a presidente Dilma ganha muito com a vinda ao Maranhão e com o apoio de um governador com tanta popularidade. Restará quantificar o que Flávio Dino ganha com isso, além do fato inédito de, pela primeira vez, abusando da redundância, um presidente da República vir ao Maranhão sem a companhia do todo poderoso (ou ex) José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, o Zé Sarney.

Por fim, uma pergunta que não poderia calar com certeza deixou de ser feita, ontem, a Dilma Rousseff: se ela confirmaria a promessa de 160 mil casas para o Maranhão, do ‘Minha Casa Minha Vida’, feita pelo ministro Gilberto Kassab, em sua recente vinda a São Luís. (Informe JP)