O ressentimento de Sarney por nunca ter elegido um prefeito em SL
O deputado Othelino Neto fez uma síntese do que foi os governos do grupo Sarney no Maranhão. O legado de destruição e miséria foram abordados de forma cirúrgica pelo deputado, em resposta as declarações do ex-senador José Sarney, que não se conforma com o fim do poderio. De acordo com Neto, por um longo tempo o estado ficou sem governo.
Abaixo, a íntegra do discurso do parlamentar.
Volto à tribuna desta vez para comentar algumas declarações do ex-senador Sarney sobre o Governo Flávio Dino, em que o ex-senador teria dito que Flávio Dino só põe placas em obras deixadas por Roseana. Primeiro, é preciso, uma questão conceitual. As obras não são das pessoas físicas, as obras são do Governo e um governo que sucede outro tem o dever de dar segmento àquilo que ficou estabelecido, contratos, obras que ficaram em andamento, as obras que ficaram pela metade. Infelizmente, Deputado Marco Aurélio, a grande obra deixada pela ex-governadora Roseana Sarney foi um estado extremamente pobre e endividado. Se é para falar de obras deixadas pela ex-governadora, que foi governadora do Maranhão por 14 anos, Deputado Levi. Primeiro, dois mandatos seguidos, depois usurpou dois anos do mandato do saudoso governador Jackson Lago e depois passou mais quatro anos governando ou desgovernando o Maranhão. Mas, de fato, ela deixou um estado inacabado, na verdade, quase acabado. Quase destruído! Um Estado que dá para a gente elencar rapidamente os principais troféus, o legado dos governos Roseana, em 14 anos de mandato. Em 14 anos de mandato é possível alguém não fazer as obras e deixar para o sucessor? Será que foi pouco tempo? Mas vamos dizer o que a ex-governadora fez em 14 anos mandato. Deixou diversos municípios do Maranhão com os piores IDH’s. Os menores IDH’s do Brasil, muitos municípios estão no Maranhão. Está aí o primeiro grande legado dos governos Roseana. A maior taxa de analfabetismo do País, outro troféu! Que agora este governo está tendo e enfrentando desafio de tentar mudar esse quadro. Hospitais construídos com dinheiro do empréstimo do BNDES e não inaugurados a sua grande maioria, porque não tinham condições de custear, porque tem que ser custeados com o orçamento do governo do Estado. Muitos inaugurados, só a fachada e depois novamente fechados. Mas nós podemos ir mais longe, vamos buscar um pouco mais lá nos primeiros governos, ou desgovernos. Quem aqui se esqueceu da estrada fantasma Arame/Paulo Ramos, ou do famoso polo de confecções de Rosário, que deixou centenas de pessoas sem crédito por estarem negativados, graças a um golpe dado com o aval do então Governo. Ou podemos falar da Refinaria Premium! Esse embuste eleitoral, que serviu de bandeira de campanha para que a ex-governadora conseguisse renovar o seu mandato e depois ficou comprovado que não passava de fachada ficando lá um prejuízo de bilhões de reais, o prejuízo ambiental daquela área devastada sem ter nenhuma utilização, e lá está a obra paralisada. Isso sem falar que o Maranhão, durante o último Governo Roseana, bateu todos os recordes nacionais de aparecer nos escândalos. Tinha um escândalo nacional, lá estava o Maranhão, geralmente, com a ex-governadora participando, vide Operação Lava Jato, que ainda hoje assombra uns e outros. Então, que obras são essas que ficaram inacabadas? E a verdade, a grande missão do Governo Flávio Dino é construir um Estado destruído. Um Estado que já foi rico, mas que foi, de forma cruel, empobrecido, deixando os maranhenses sofrendo e fazendo o Maranhão virar sempre notícia negativa no âmbito nacional. O Maranhão bateu recorde, sim, de notícia negativa, das chacinas, em Pedrinhas, do desgoverno no Maranhão, das notícias negativas. E agora o desafio é grande! E eu custo crer que alguém fique triste, quando o Governador do Estado do Maranhão anuncia a contratação, por concurso público, de 1.500 professores. Sinceramente, eu não consigo entender como é que alguém consegue reclamar senão por absoluto saudosismo. Na verdade, é que doa a quem doer, a verdade é que o Maranhão está mudando os privilégios dos ex-mandões, que eles estão caindo todos, alguns ainda existem, mas estão caindo, a cada um que é descoberto, este governo consegue acabar com mais um benefício. É um governo que, apesar das dificuldades, vem conseguindo fazer diferente, no mês passado, o Maranhão foi um dos poucos Estados do Brasil que conseguiu ainda gerar vagas formais de emprego diferente da grande maioria do País. As dificuldades são muitas? São. Claro, existiu uma triste coincidência, um Estado falido, endividado junto uma crise econômica, claro que as dificuldades são muitas, mas, mesmo com todas as dificuldades, o governo tem conseguido chegar à população, levar o Poder Público à população para dar respostas e melhorar a qualidade de vida dos maranhenses. Quantos mitos que foram promessas de campanha e campanhas agora o governador está indo dar a ordem de serviço para iniciar essas obras. E parto para finalizar este pronunciamento, me referindo a fala do ex-senador Sarney dizendo que São Luís, há muito tempo, não tem prefeito. A verdade, enquanto a ex-governadora foi governadora, o Maranhão ficou muito tempo sem governo. E o que ressente, o que, na verdade, deve provocar grandes ressentimentos é o fato deles nunca terem conseguido eleger um prefeito na cidade de São Luís. Nem quando juntou tudo, todo o poder dos senadores, da presidência do Senado, da presidência da República, do Governo do Estado, não conseguiram passar, não conseguiram chegar, deputado Levi, se quer à casa dos 10 %. O povo de São Luís sempre deu um recado muito duro e objetivo, sempre deu um não para esse povo, porque não queria que fizessem em São Luís o que fizeram no Maranhão. Então, não adianta esse grito de mau agouro. O Maranhão continua mudando e vai continuar mudando, porque o povo do Maranhão escolheu esse caminho e o Governador Flávio Dino não tem medo de grito, vai continuar o seguindo um programa de governo para construir um Maranhão para todos nós. E que certamente pela vontade do povo e, se Deus quiser, não mais haverá de voltar às mãos que tão mal cuidaram do povo desse estado.
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