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O ocaso político de Roseana e autofagia do grupo Sarney

A ex-governadora Roseana perdeu o comando dentro do grupo Sarney. A escolha do irmão, deputado federal Sarney Filho (PV) para o ministério do Meio Ambiente, aponta que ele deve ser o candidato ao Senado em 2018 e expõe ao mesmo tempo a fraqueza/debilidade política de Roseana.

Os ataques de Ricardo Murad, que escalou a filha Andrea Murad para dizer que a ex-governadora deve se aposentar da política, fragilizou ainda mais a filha querida do ex-senador José Sarney. Vingativa, Roseana Sarney acenou para a candidatura natimorta de Fábio Câmara, que não decola nas pesquisas.

Outro que também está em pé de guerra com Roseana é o senador João Alberto, que não atende mais as suas ordens e é quem hoje faz o que quer no PMDB. Como peça figurativa, a ex-mandatária do Maranhão não tem mais poder nenhum de decisão no partido.

Para piorar, a ex-governadora, acusada de receber propina do doleiro Alberto Yousseff segundo a Lava Jato e enrolada em desvios de recursos públicos da Secretaria de Saúde, através do programa “Saúde é Vida”, conforme denúncia do Ministério Público acatada pelo juiz da 7ª Vara Criminal, viu seus planos de chegar a ser ministra serem frustados.

No ministério, Roseana viabilizaria sua candidatura ao Senado e ainda ganharia força para enfrentar as acusações de corrupção. Não conseguiu, foi escanteada por Michel Temer.  Ainda assim, isolada, Roseana brigará pela vaga com o irmão, que dessa vez parece ter a preferência de José Sarney. Enquanto o isso o grupo Sarney vai se dilacerando.

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