O medo da democratização
Há muitos focos de mudança de paradigmas espalhados pelo estado. Há prefeituras que, há alguns anos, têm implantado um regime de avanço em seus municípios. O novo comando de São Luís começa a exercer esse tipo de administração: democrática, com prefeito constatando os problemas na rua e rápida resolutividade dos problemas.
A preocupação em governar bem e apresentar soluções para os problemas das cidades passou a ser dinâmica em algumas cidades maranhenses – despeito do que acontece com o governo estadual, que pouco se preocupa com avanços e resultados reais na vida da população maranhense.
A realização de obras “às vésperas da eleição” é velha conhecida dos maranhenses, que a cada eleição têm acompanhado um movimento irreversível de avaliação de seus representantes políticos. Se fazem boa administração, saem das urnas com larga folga de vantagem. Caso contrário, ou vencem a partir da compra de votos, ou são rejeitados pelo eleitorado.
O exemplo mais recente dessas ações aconteceu nas eleições para prefeito de São Luís. João Castelo, candidato à reeleição, apostou em obras no último ano de gestão, tal qual o projeto de implantação do VLT. Mesmo assim o ex-prefeito de São Luís não conseguiu se reeleger e foi substituído por Edivaldo Holanda Júnior.
Este movimento tem tudo para se repetir ao longo das eleições no Maranhão. Governos que não ligam para a população, mesmo à base do poder político e econômico, tendem a ser rejeitados. São os ares da democracia se aproximando do Maranhão.
São esses ares que estremecem aqueles que se mantiveram, ao longo de décadas, no poder através de práticas coronelistas: do voto de cabresto, da cooptação política através do poder econômico e da influência pessoal nas instituições democráticas (Judiciário e Legislativo).
Acostumados ao “tudo posso, por isso mando”, os donos do poder não conseguem se encontrar em um novo cenário que começa a se delinear no Maranhão. São os ares da democracia, que derrubam falsos líderes, que estão cada vez mais próximos.
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