É certo que a eleição de 2014 para as forças de oposição passa pela a sua unidade em 2012. É fato também que diferenças agora poderão ser difíceis de serem cicatrizadas no futuro.

Com base nesse pressuposto, que será essencial para vencer a oligarquia Sarney e enterrá-la de vez no Estado, o pleito do próximo ano em São Luís, Imperatriz e outras cidades será de fundamental importância para a “grande batalha” que será travada daqui a três anos.

O blog traz a tona duas situações que podem atrapalhar ou até mesmo provocar a derrota das oposições em 2014. A primeira delas está situada em Timon. Lá, o deputado Luciano Leitoa, do PSB, legenda também de Zé Reinado, José Antônio, Ribamar Alves, Roberto Rocha, Marcelo Tavares entre outros expoentes oposicionistas, aparece como candidato favorito a vencer as eleições no município.

No entanto, alguns partidos do barco oposição, que já poderiam está remando com o socialista em seu território, dando sustentação a sua candidatura, estão, até então, do outro lado da margem, do lado do inimigo. O PPS, por exemplo, faz parte da administração da prefeita Socorro Waquim, do PMDB, partido da governadora Roseana Sarney. A prefeita de Timon deve lançar o sobrinho Thales Waquim, atual presidente da Câmara, como seu indicado para enfrentar Luciano.

Apenas para lembrar, o PPS indicou o vice na chapa do candidato comunista a governador Flávio Dino, coligação do qual participou também o PSB, legenda de Leitoa. Para recrusceder a situação mais ainda em Timon, o PCdoB pretende lançar o ex-vice de Socorro, João da Gráfica, como candidato a prefeito.

Bem, vamos a segunda situação: Pinheiro, na baixada maranhense. Lá, o prefeito José Arlindo, que saiu recentemente do PP para se filiar ao PSB pretende se candidatar à reeleição. Entretanto, as últimas pesquisas indicam que, por enquanto, o suplente de deputado estadual Luciano Genésio, do PCdoB, aparece como o nome mais forte para enfrentar o ex-prefeito Filuca Mendes (PMDB), que lidera as sondagens.

Na opinião dos analistas locais, o lançamento de duas candidaturas de oposição – no caso Luciano e José Arlindo – dividiria os votos do eleitor oposicionista e só beneficiaria Filuca, que levaria sem dificuldades a eleição.

Vale ressaltar que na eleição do ano passado tanto em Timon quanto em Pinheiro a governadora Roseana Sarney foi derrotada por Jackson Lago – ou seja, a oposição venceu nas duas cidades.

Por isso a importância dos dois municípios, que estão entre os maiores colégios eleitorais do Estado, para o projeto da oposição em 2014. Um desarranjo agora em 2012 poderá sepultar de vez as chances de a oposição derrotar o clã Sarney na próxima disputa estadual.

Nesse sentido, urge o papel do grande líder de tão logo entrar no circuito e tentar aparar essas arestas, no intuito de evitar feridas e desavenças de maiores proporções entre os apoiadores e levar para si a oposição toda unida em torno de um único projeto vitorioso em 2014.