O discurso franco e emocionante do Wellington do Curso depois do veto do PSL
Por Hilton Franco
O Wellington do Curso, pré-candidato a vereador pelo Partido Social Liberal (PSL), que teve sua candidatura boicotada pela direção do partido no Maranhão, fez um discurso franco e emocionante na tarde de sábado (30), na Câmara Municipal de São Luís defendendo a manutenção do seu nome para concorrer a uma das 31 vagas de vereador nas eleições de 2012.
Por cerca de vinte minutos Wellington mostra documentos comprovando que a direção do partido sabia de sua pretensão para disputar uma vaga de vereador em São Luís e, de forma clara, desmente a direção do partido que afirma não saber que o mesmo queria concorrer o pleito deste ano.
O proprietário do Curso Wellington disse que avisou que iria disputar as eleições de 2012, desde o dia 1/10/2011 em uma reunião realizada na Câmara local, que contou com a presença do presidente do diretório estadual do PSL, o vereador Chico Carvalho, do deputado estadual Edson Araújo e do presidente do diretório municipal, Alan Kardec.
Já no final do discurso, com os olhos marejados, a emoção tomou conta do plenário quando Wellington relembrou a vida sofrida que teve na periferia de Teresina-PI, onde nasceu e foi abandonado pelo pai aos sete meses de vida.
“Meu sobrinho é filho da minha segunda irmã, que minha mãe não teve condições de criar e deu. Localizei juntamente com a mãe lutando no MST em Minas Gerais e antes disso já tinham catado lixo em Belo Horizonte e Uberlândia”, relembrou Wellington ao falar do sobrinho Alberto que havia acabado de discursar a favor do tio.
O discurso franco e emocionante do Wellington depois do veto do PSL
Em respeito a todos vocês que ainda permanecem nesta casa que é tida como a Casa do Povo, a direção do partido não se encontra mais presente, muitos pré-candidatos também já foram embora, muitos podiam está no embate das idéias.
Em momento algum viemos para a Câmara Municipal de São Luís, para a convenção do Partido Social Liberal (PSL), para tumultuar, mas nos últimos três meses, muitos comentários surgiram em São Luís que o PSL não ia me dá a legenda.
Alguns vereadores detentores de mandato na Casa, chegaram a ressaltar que não iam me dá a legenda, isso correu os quatro cantos da cidade, muitos tomaram conhecimento.
No dia 29 de março de 2012, foi publicado em blogs e na rádio Capital AM uma entrevista com o presidente regional – Francisco Carvalho e o presidente municipal – Alan Kardec e comigo.
E deixaram bem claro no dia 29/3/2012 que não existia crise no PSL, que não tinha problema no PSL e como também eu acredito e acreditava até ontem que não existia.
Fui candidato a deputado federal pelo PSL de livre e espontânea vontade, não fui coagido nem cooptado. Eu fui para o PSL e já falei várias vezes e vou repetir, por acreditar no PSL e por acreditar no presidente regional – Francisco Carvalho e no presidente municipal Alan Kardec, porque acredito que o presidente de um partido, um presidente de um sindicato, de qualquer agremiação, um líder que esteja à frente de qualquer entidade, ele está para lutar pelo direito dos seus agremiados, dos seus filiados.
Infelizmente o PSL é o único partido do Maranhão ou de São Luís, que o presidente também é candidato já detentor de mandato, mas deveria ter pelo menos mais isenção e mais imparcialidade.
No dia 1/10/2011, estávamos aqui reunidos para receber as filiações dos novos partidários com objetivo as eleições de 2012, na oportunidade eu fui chamado à mesa, com o presidente regional, com o presidente municipal, com atual deputado estadual do partido e eu tive vez e voz. E naquele momento fui à tribuna e ressaltei e deixei bem claro que eu não tinha condições de disputar uma eleição como vice ou como prefeito de São Luís, mas estava disposto e iria lutar por uma vaga na Câmara Municipal em 2012. Isso no dia 1/10/211.
No dia 29, alguns blogs suscitaram a polêmica e ela foi logo abafada. Eu acreditava que estava tudo bem, porque senão eu já teria sentado a mais tempo com o presidente do partido municipal e regional o porque da não autorização do meu nome a pré-candidato a vereador de São Luís.
Ontem (sexta-feira 29/6/2012) levei a minha documentação ao partido e não receberam por orientação da direção do partido. Eu aguardei, veio a vice-presidente do partido, que é esposa do presidente – Francisco Carvalho e o secretário Eduardo, justificando alegações que não eram pertinentes e que o partido tem um projeto maior para o meu nome nas próximas eleições.
E porque que não foi feito esse apoio ou dado esse apoio no passado? O que na verdade houve hoje nesse dia histórico do PSL, foi falha de comunicação. Eu assumo minhas responsabilidades, eu tenho hombridade pra assumir os meus erros e pra pedir desculpas e pedir perdão nos momentos que errei para com o partido, mas ocorreram falhas de comunicação.
A única reunião que eu fui convidado para o partido eu estive presente, que foi no dia 1/10/2011. Estou na relação de pré-candidatos do partido, ela foi retirada recentemente por contrariar opiniões internas da direção.
Quando surgiu os rumores que não iriam me dá a legenda no PSL eu me perguntei: porque não fizeram isso no dia 1/10/2011?
Muitos partidos queriam a minha presença, desde o PC do B, PTC, PPS, PSB, PSDB, PT. Fui cooptado por muitos partidos, mas preferi ficar no PSL, como diz o Calácio (professor de Matemática do Curso Wellington), por acreditar no PSL.
Só não estou com a camisa hoje do PSL, porque eu preferi que os meus convidados estivessem vestindo a camisa do partido, o qual eu tive 23 mil votos conscientes e eu me orgulho, sou vaidoso pela quantidade de votos conscientes.
No dia 13/4/2012, eu dei entrada no partido, ofício 01, Carlos Wellington de Castro Bezerra, brasileiro, solteiro,… deseja ser candidato a vereador nas eleições de 2012, já que sou filiado no partido e fui candidato a deputado federal e obtive expressiva votação na cidade, sendo assim estou credenciado a pleitear uma vaga a vereador no próximo pleito como havia declarado anteriormente.
Não estou aqui pra bater de frente com ninguém, não estou aqui pra tomar a vaga de ninguém, estou me despindo das minhas vaidades nesse exato momento pra pedir que o PSL, Partido Social Liberal exerça o que eu acredito e o que eu prego – o homem é aquilo que ele acredita e que faz todos os dias – e eu acredito na democracia desse país e acredito na justiça desse país. E que não cometam injustiça nem comigo e nem com outros candidatos. E que fosse dado inicialmente a oportunidade de defender o meu nome, só isso que eu pedi. Defender o meu nome, o porquê de ser candidato.
Já pude mostrar pra vocês que não tem nada que desabone, nada que impeça minha candidatura a vereador pelo PSL.
Porque que eu quero ser vereador e representar os ludovicenses? Sentar nessa cadeira e representar a população de São Luís. Muitos perguntam. Você não precisa disso, não tem o porquê disso. Mas porque o embate de hoje, o desgaste de hoje? Por falhas de comunicações mútuas, recíprocas. Mas o porquê que eu quero ser vereador de São Luís? Fui candidato a deputado federal não por arrogância e prepotência. Logo após a eleição de deputado federal eu me dispus a iniciar um trabalho para ser vereador.
Lutar, batalhar, legislar, fazer política para a melhoria da educação, educação integral, mais oportunidade de emprego, qualidade de vida que nós não temos, perdemos mais tempo no trânsito que com nossas famílias, como nossos filhos, com os nossos afazeres.
É por isso que eu sou pré-candidato a vereador pelo PSL. E eu só pedi hoje a oportunidade de me apresentar, dizer quem eu sou. Eu sou um cidadão de bem, eu sou um homem de bem. Com 41 anos de idade e que não baixa a cabeça pra nada e nem pra ninguém, a não ser pra meu Pai amado em nome de Jesus Cristo.
E tenho hierarquia e tenho disciplina. Passei 15 anos no Exército, nunca sofri uma repreensão, nunca sofri punição, sai com um comportamento excepcional, durante quinze anos da minha vida militar, nove anos e seis meses foram no serviço de inteligência do Exército e nada que desabonasse minha conduta.
Eu ia me apresentar, mais deixei por último. Vou me apresentar, vocês sabem que o Wellington do Curso Wellington? É uma criança, é um jovem, um homem com sonhos e com idéias, que nasceu na periferia de Teresina, que o pai abandonou com sete meses de nascido, minha mãe era dono de um pequeno comércio, pra não expor, mas não é novidade pra ninguém porque sempre comentei em sala de aula eu não escondo, minha mãe era dono de um prostíbulo, era dona de um cabaré, mas a mulher mais digna, mais séria, mais honesta que eu já conheci.
Nasci na pobreza, minha mãe não teve condições de criar minhas duas irmãs mais velhas e o presente que Deus me deu hoje, meu sobrinho veio me defender.
Meu sobrinho é filho da minha segunda irmã, que minha mãe não teve condições de criar e deu. Se eu já passei fome, se eu já passei necessidade e humilhação, mais ainda, o Alberto e o sobrinho que tem meu nome em homenagem a mim, pela minha garra porque se eu sofri privações e humilhações, eu os localizei juntamente com a mãe lutando no MST em Minas Gerais e antes disso já tinham catado lixo em Belo Horizonte e Uberlândia.
Eu não tenho nome e nem sobrenome eu tenho feito um trabalho em São Luís e os dois são testemunhas do trabalho que eu tenho realizado.
Eu só pedi a oportunidade de representar o povo de São Luís. Não tenho demagogia e não preciso disso. Eu sou um homem realizado, eu sou apaixonado pelo que eu faço.
Eu lido com educação e se você for procurar hoje em muitos órgãos de São Luís, do Maranhão, pelo Brasil afora, homens e mulheres passaram pelo Curso Wellington. E a injustiça não pode prevalecer.
Humildemente na frente de vocês eu peço a Alan Kardec que você receba a minha documentação como pré-candidato a vereador de São Luís, só dê a ciência disso e mais nada.
Que a direção do partido, não vou citar nomes, reveja o posicionamento. Dê-me a oportunidade de representar o povo de São Luís como vereador dia 7 de outubro.
Obrigado a atenção de todos que me acompanharam até o presente momento.
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