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O castelo de cartas do delegado Cajé

Aragão, o presidente do PSDC, foi acusado pela Sermão aos Peixes. Já condenado, houve uma busca e apreensão em sua casa, em que pareceu uma “carta”. Foi arrolada nos autos pelo delegado Cajé, que fez, ele próprio, a busca e apreensão.

Em depoimento, Aragão negou a autoria da carta. Teria aparecido dias antes em sua caixa de correio, colocada sabe-se lá por quem.

O suposto documento ficou prejudicado como prova e seu conteúdo nunca foi relevado.

Este ano, apareceu com uma nova carta. Segundo ele, esta seria de Mariano e traria revelações contra gente do governo.

Dois dias depois, Mariano se matou.

Agora divulgaram a primeira carta, foi publicado o que seria uma segunda carta de Mariano. Curiosamente, com uma letra totalmente diferente.

Até agora, nem a família nem a perícia confirmaram a veracidade de nenhuma das duas “cartas”. E a encontrada antes das duas, na casa de Aragão, ninguém nunca viu. Poderia ser ela uma das que agora surgem como sendo de Mariano for a que antes tentou se atribuir a Aragão?

O que sabemos é que o delegado Cajé, que conduz essa operação desde o começo, tem um castelo de cartas diante de si.

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