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O atraso do MA em números, o ‘blá-blá-blá’ que o grupo Sarney foge de discutir

A turma ligada ao grupo político que governa o estado há quase cinco décadas tenta colar a ideia de que a oposição se utiliza de discursos vazios e sem consistência alguma. Os mesmos que de certa forma são responsáveis por encontrarmos nessa situação, alardeiam que as críticas não passam de blá-blá-blá somente para atingir a família Sarney.

Este blog vem se propondo a bater na tecla dos indicadores sociais do estado. Nada melhor do que debater a partir de dados concretos. Desse modo, na medida do possível temos mostrado a colocação do Maranhão em cada setor.

Roseana-SarneyConstata-se que , após vários anos de domínio de uma oligarquia, continuamos nos últimos patamares, segundo dados e estatísticas oficiais dos institutos que mensuram índices de desenvolvimento – no caso do Maranhão, somente atraso.

O presidente da Embratur, Flávio Dino e o ex-governador José Reinaldo têm levantado esse debate com bastante propriedade, não só publicizando os indicadores negativos do estado, mas apontando propostas e alternativas para que possamos sair desse patamar vergonhoso.

Em artigo publicado ontem na edição de ontem do Jornal Pequeno, José Reinaldo trouxe à tona estatísticas recentes. Outra vez nada animadoras.

Infelizmente.

Nesse contexto, chega-se a conclusão de que o verdadeiro debate que deve ser feito sobre o Maranhão é como superar esse números que nos colocam em último na educação, saúde, saneamento, segurança etc. é necessário saber o que pode ser feito para sairmos desse estágio de atraso e alavancarmos.

Para a oligarquia, isso pouco importa. Preferem fugir, já que não há argumentos para o indefensável. Desenvolvimento e progresso ainda estão bem distante da gente.

Fique, a seguir, com um trecho do artigo publicado por Reinaldo no JP:

De imediato constata-se que o Maranhão voltou a ter o menor PIB per capita (R$ 6.888,60) entre os estados brasileiros, posição que havia perdido em 2005. Este valor equivale a apenas 1,1% do salário mínimo atualizado de 2010.

Constata-se, ainda, que, dos 100 municípios com menor PIB per capita do Brasil, trinta e nove (39) são maranhenses. São Vicente Ferrer tem a terceira pior média em 2010, com um valor – pasmem – de R$ 2.404,20. Por ano! São José de Ribamar está neste “seleto” grupo dos 100 municípios com pior PIB per capita. Foi destacado porque ele tem a singela peculiaridade de ser o município de maior população nesse grupo desafortunado (163 mil habitantes).

A distribuição do PIB per capita maranhense é visivelmente assimétrica. Apenas em 23 dos 217 municípios maranhenses, o PIB per capita supera a média do estado. Nesses municípios vivem 1,71 milhão da população do estado (26%). Neles são gerados 55,6% do PIB agregado do Maranhão. Nos demais 194 municípios, cujo PIB per capita é menor do que a média estadual, sobrevivem 4,9 milhões de pessoas ou 74% da população de um estado desigual, haja vista que neles se geram apenas 44,4% da sua riqueza.

Com base na PNAD de 2011, estima-se que 58,7% da população do estado sobrevivem em domicílios cuja renda varia entre zero e dois salários mínimos. A maior taxa do Brasil. Querem mais? Pois bem, os analfabetos maiores de 15 anos no Maranhão alcançam a incrível taxa de 21,6%. Também a maior do Brasil. O Maranhão tem a segunda pior escolaridade média do país (6,4 anos). Com base nesses indicadores de educação e renda, somados às carências no acesso à água encanada, saneamento e coleta de lixo, estimou-se para o Maranhão o maior percentual de população socialmente excluída do Brasil em 2011, num total de 38,9%. Houve decréscimos de excluídos entre 2002 e 2008.

Mas Roseana nem se abala, e ainda quer ser senadora. Para defender e lutar pelo Maranhão?

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