Notas Rápidas
Sarney e Demóstenes, um espetáculo deplorável
O episódio ocorrido terça-feira no Senado Federal, envolvendo o presidente José Sarney e o senador goiano Demóstenes Torres, demonstrou que não existe mais gente disposta a fazer valer suas opiniões.
O senador Demóstenes não usou palavras chulas nem fez nada que ferisse o decoro parlamentar. Apenas protestou, com a firmeza necessária, ao ver-se envolvido numa manobra para a aprovação de um assunto do interesse do Poder Executivo.
Inexplicavelmente, o senador José Sarney sentiu-se ofendido e afirmou que ia exercer a prerrogativa que o Regimento do Senado lhe confere e pedir que se retirasse dos registros da sessão o vocábulo “torpe”, que considerou ofensivo.
Em Português claro, ia CENSURAR O DISCURSO DO SENADOR do estado de Goiás, por ele ter desagradado o presidente do Senado.
O senador Demóstenes Torres, um dos nomes que honram e engrandecem o Parlamento brasileiro, de pronto respondeu que de sua parte não retirava nada.
Depois, atendendo ao apelo do presidente José Sarney, voltou à tribuna para desculpar-se. Agora, retratar-se de quê? De expor com firmeza suas posições, diga-se de passagem, corretas e pertinentes?
O plenário do Legislativo, em qualquer democracia do mundo, é o palco indicado para discussões como a ocorrida entre os senadores José Sarney e Demóstenes Torres. O Congresso Nacional não é lugar para suscetibilidades, chiliques, vaidades e punhos de renda, que ficam melhor no Itamaraty.
É lugar de choques de idéias e de discussões desassombradas, que engrandeçam a democracia. É cenário para que homens e mulheres honrem o mandato, que lhes foi conferido pelo povo, e manifestem com firmeza suas posições.
Foi demais! Francamente, o Senado brasileiro já viveu dias melhores. (José Carlos Werneck)
Rastejando a Sarney
Viram aí o prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira sendo forçado a se humilhar e rastejar junto ao senador José Sarney para conseguir algumas merrecas para o sistema de saúde do município? Assim que funciona, tem que rezar na cartilha e pedir a bênção do clã Sarney para conseguir aquilo que seria direito e obrigação de qualquer governo, de ajudar a saúde dos municípios. É por isso que alguns prefeitos de oposição, como João Castelo (São Luís) e Humberto Coutinho (Caxias) tem sido atrapalhados e sofrido todos os tipos de perseguição, justamente por não se dobrarem e se renderem aos caprichos do grupo. Te cuida Madeira.
A entrevista truncada de Roberto Rocha
É certo que o jornal O Estado do Maranhão truncou e manipulou as declarações do presidente municipal do PSB de São Luís, ex-deputado Roberto Rocha, segundo o qual teria afirmado que o PSB pode coligar com o PMDB de Sarney e Roseana numa eventual candidatura do deputado estadual e secretário de infraestrutura, Max Barros, a prefeito de São Luís. O que me impressiona é Rocha ainda dar entrevistas a este pasquim.
Conselho
A presidente Dilma tem ouvido de seus líderes em relação a Sarney o mesmo que Ulysses dizia sobre Quércia, em São Paulo: “Ruim com ele, pior sem ele”. (Coluna do Moreno n’Globo)
Pensando bem
…o deputado federal Tiririca já descobriu o que faz um deputado: ter “cara de joelho”, como chamou o colega Chiquinho Escórcio. (Da coluna do jornalista Claudio Humberto)
Ricardo Murad em débito
O ano está findando e o Secretário Estadual de Saúde, Ricardo Murad, continua em débito com a saúde pública de Timon. Na sua gestão os timonenses só perderam até agora. A Bemviver, fundação responsável pela administração do único hospital do estado na cidade, o Alarico Pacheco, aplicou duros cortes de recursos que resultaram em suspensão de atendimentos em diversas especialidades e sua estrutura física tem sido, obrigatoriamente, subaproveitada por falta de recursos financeiros. Continue lendo no blog do Elias Lacerda.
Escândalo estadual sendo ressuscitado
Um episódio envolvendo um vice-governador, um ex-vice-governador e documentos eleitorais, vai ser ressuscitado nos próximos dias. A história ainda pode render muito, foi o que concluiu um promotor aposentado que teve acesso às provas. (Blog do Louremar Fernandes)
O maior porto
Uma das grandes propagandas do governo do Estado do Maranhão diz respeito a potencialidade do porto do Itaqui, em São Luís. Ninguém contesta que a natureza foi generosa com a Ilha de São Luís proporcionando suas águas profundas onde foi construído o porto onde grandes navios podem atracar sem maiores problemas. Só que sem a infraestrutura necessária por falta de investimentos não há como movimentar ainda mais o porto para produzir riquezas para a capital maranhense. Ainda no domingo passado o senador amapaense José Sarney criticou os políticos da oposição por dizerem para o Brasil que o Maranhão é pobre. O acidente com o navio Valei Beijing expõe essa pobreza que o oligarca Sarney contesta. Com o casco furado não há um estaleiro onde possa ser ancorado e consertado. De que vale ter o segundo maior porto do mundo sem as condições necessárias para solucionar um problema como esse? Na propaganda, que rende alguns milhões de reais para a própria, o governo de Roseana Sarney é um dos melhores do mundo. (Tribuna do Nordeste)
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