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Pai, perdoa-lhe, porque não sabe o que faz!

Ninguém escapará do julgamento divino. Nem Sarney, que se acha o próprio deus

Semelhante aos escribas e fariseus que, como ‘sepulcros caiados’ (bonitos por fora, podres por dentro), não perdiam a oportunidade de atacar Jesus Cristo, o ex-senador José Sarney incorporou o espírito acusador dos detratores do filho de Deus e dedicou todo um artigo para simplesmente criticar a fé do governador Flávio Dino.

Conhecedor da letra das escrituras, mas sem a revelação do Espírito, José Sarney vociferou toda sua fúria contra Dino simplesmente por este ter ido a um evento evangélico prestar adoração a Deus. Assim como o inimigo de Deus tentou Jesus no deserto usando a própria palavra sagrada, Sarney usa da ultrapassada cantilena de que todo comunista é ateu. Fique sabendo: a palavra comunismo remete a comunhão. “Eles perseveravam no ensino dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”, relata a bília no livro de Atos, traduzindo bem o que significa comunismo nos dias de hoje. Somos chamados para amar o nosso próximo e transformar o mundo à nossa volta através da comunhão, isto é, o comunismo em sua acepção mais ampla.

Só que o ex-oligarca maranhense, na sua ótica do ódio, do rancor e da maldade, crucifica Dino por estar de joelhos perante Deus. É que, acostumado a ser achar um próprio deus, Sarney se coloca acima até do Todo Poderoso. Ver alguém se dobrar sem que seja diante da sua imagem o incomoda, uma blasfêmia. Dobrar os joelhos, acostumou-se Sarney, só se for aos seu pés, como alguns dos seus súditos o fazem.

Pouco versado em assuntos do céu (talvez por conta da distância abismal na relação com Deus), Sarney precisa ler mais a bíblia. O livro de Tiago 4:12 relata que “há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo?” Em Mateus 7:5, está escrito: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho de teu irmão“. No livro de Romanos 2, Deus vai mais além:

Portanto, você, que julga os outros é indesculpável; pois está condenando você mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus?” (Romanos 2; 1:3)

Ora, quem é Sarney para julgar então? Apesar de se achar Deus, não passa de um pecador, um pobre mortal que não escapará do juízo do Todo Poderoso.

Ao se manifestar sobre as infâmias proferidas por José Sarney, Flávio Dino foi cirúrgico em sua resposta: “Prefiro dedicar meu tempo a consertar o caos que recebi de quem só se ajoelha para o altar do dinheiro, da ganância, da fome de mando eterno“. E continuou: “Que se entenda lá com sua tristeza com o veredicto do implacável tribunal da história e com seus temores com o julgamento divino“, afirmou o governador, arrematando: “É pouco versado em assuntos de Deus. Está mais para o outro lado“.

Em vez de jogar pedras e mandar crucificar as pessoas, José Sarney deveria pedir perdão pelo mal que fez a milhões de maranhenses durante quatro décadas de opressão, miséria, injustiça e sofrimento. Na cruz, um dos ladrões se arrependeu e Jesus perdoou. Sarney deveria fazer o mesmo, pois ainda que se safando da justiça dos homens, não escapará do grande julgamento divino. Enquanto há vida, há tempo de se arrepender.

Pai, perdoa-lhe, porque não sabe o que faz!

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