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Não há como ser contra o gesto humanitário do diretor do Socorrão

O titular do blog ainda não conseguiu compreender algumas críticas isoladas, oriundas de setores ligados ao grupo que comanda o governo estadual, contra o gesto do diretor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), Yglésio Moyses que através das redes sociais, pediu alimentos para suprir, temporariamente, a falta de mantimentos na unidade de saúde.

Humor, compaixão, alegria e esperança. Sentimentos que o médico Patch Adams conseguiu juntar. Com alegria e criatividade, aproximou-se de enfermeiros e pacientes, procurando mostrar envolvimento, empatia e humor. A idéia inspirou outros profissionais no mundo e foi tema de um filme (Patch Adams, o amor é contagioso) que fez muita gente também se comover.

Em nota divulgada na tarde de hoje, o próprio Yglésio faz questão de ressaltar que ‘trata-se de uma situação excepcional, emergencial, voluntária e temporária’. Ou seja, o diretor do Socorrão não disse em momento algum que população, o qual já paga impostos e tributos altíssimos, terá, a partir de agora, que manter a alimentação hospital.

Nada disso.

O médico não está obrigando ninguém, é um ato voluntário e espontâneo de quem desejar colaborar.

A campanha de doação humanitária iniciada por Moyses tem o escopo de ajudar a salvar vidas, evitar que os milhares de doentes, os quais já vivem em condições deploráveis nos corredores e até na recepção, não passem fome. Quem já assistiu ao filme que relata a história do médico Hunter Doherty “Patch” Adams lembra a filosofia de vida de amor e fraternidade pregada por ele, não apenas no âmbito hospitalar, mas nas relações sociais como um todo, independente de lugar.

Alguns podem até argumentar: ah, mais existem recursos destinados para custear essas demandas. Verdade! Entretanto, segundo divulga a Prefeitura, há uma dívida de R$ 140 milhões na secretaria de Saúde – tanto é que no décimo dia gestão, o prefeito decretou estado de emergência na saúde do município pelo período de 90 dias. Em menos de um mês, com todos os problemas encontrados, ainda não é possível normalizar a situação do sistema de saúde da capital.

Curioso é que em campanhas realizadas em outros estados, a exemplo de afetados pelas enchentes, milhares de maranhenses enviaram mantimentos. E estes mesmos críticos de agora nada falaram.

Então, por que não ajudar os próprios conterrâneos, numa situação de emergência de mesma proporção tão impreterível quanto aquela? Vale esclarecer que não está em jogo interesses políticos ou pessoais de A ou B, mas sim um incentivo de solidariedade e benevolência a nossos irmãos. Falar nisso, e o governo do Estado, que nada fez e permanece inerte diante da situação?

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