Não farei acordo com o diabo para ter tempo na TV, diz Bolsonaro em São Luís
O pré-candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, visitou São Luís nesta quinta-feira (14) e afirmou que não irá em busca de partidos para formar legenda para aumentar seu tempo de TV no horário eleitoral.
“Não farei acordo com o diabo para ter tempo de TV”, disse. Para o deputado, sua maior mídia de campanha é a da internet. “Propaganda hoje é feita com isso aqui [mostrando um celular]. Tivemos o exemplo nos Estados Unidos, ninguém acreditava no Trump, mas ele ganhou”.
Bolsonaro foi recebido por simpatizantes e por membros de seu partido no Multicenter Sebrae, seguido de um jantar com entidades empresariais em um bufê na zona nobre da cidade.
Sobre as pesquisas eleitorais, Bolsonaro voltou a falar sobre o resultado mais recente da pesquisa Datafolha, na qual aparece com 19% das intenções de voto em um cenário sem o ex-presidente Lula como candidato.
“Pesquisas no Brasil estão sob suspeitas. Pesquisas no Brasil, como regra, sempre foram usadas para ganhar voto. O eleitor que não gosta de falar, muitas vezes (ele diz) ‘não vou votar no cara que está perdendo’, aí vota no cara só porque está na frente”. E voltou a criticar o Datafolha: “Nós carecemos no Brasil de uma fonte de pesquisas confiável”.
A vista ao Maranhão teve como objetivo firmar o apoio à candidata ao governo do Maranhão, sua colega de partido, Maura Jorge. Para ambos, o apoio serviria como prova de que Bolsonaro não é misógino ou xenofóbico. “Para acabar com o factoide, ele escolheu uma mulher, nordestina e maranhense para apoiar no Maranhão”, afirmou Jorge, ex-prefeita do município de Lago da Pedra e deputada estadual por quatro vezes.
Para os fãs que gritavam “mito”, o presidenciável declarou que é o candidato da direita, o diferente e que pretende tirar os comunistas do poder. “Boa sorte ao Flávio Dino e poucos votos a ele nessa eleição”, afirmou.
Sobre seu plano de governo, Bolsonaro desconversou. “Ninguém tem plano de governo até o momento. Geralmente isso é uma peça de ficção encomendada junto a um marqueteiro. Certamente o meu [plano] será o pior de todos, porque será verdadeiro”, disse. (Folha de São Paulo)
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