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Na era dos aplicativos, cai procura por pontos de táxi em São Luís

Os moradores de São Luís estão usando mais os aplicativos de celular do que os telefones dos pontos de táxi para pedir uma corrida. O aparelho que era frequentemente usado pelos clientes de táxi e que fica em uma espécie de guarita nos principais pontos da capital perdeu espaço.

Em vários locais, os taxistas já não se preocupam em ficar perto do telefone para receber as chamadas; eles preferem olhar para o celular. Esta realidade chama a atenção para os pontos de táxi ociosos, aqueles que já não seriam necessários existirem.

A capital maranhense tem 2.338 pessoas com permissão (permissionários) para trabalhar como taxistas. Isto é o número total de profissionais cadastrados junto à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).

De acordo com a Prefeitura de São Luís, com base em lei, os permissionários podem se reunir e escolher um coordenador, que representará a categoria junto à administração municipal, e com isso, solicitar a criação de postos de estacionamento, conhecidos como postos de táxi.

O taxista Fernando Sousa trabalha em um ponto de táxi há 20 anos e conta que o número de corridas por conta do telefone do posto é muito baixo. “Ainda estamos mantendo o telefone, devido um percentual de 15% que ainda liga pedindo uma corrida. Quando o cliente conhece o taxista, ele liga para o próprio número de celular do taxista, o que é mais cômodo para o passageiro”, informou.

No posto de táxi localizado na Avenida Castelo Branco, no bairro São Francisco, os taxistas informaram que as corridas são ainda solicitadas por pessoas idosas na maioria das vezes, que estão hospedadas em hotéis da região, e que ainda preferem o modo tradicional de pedir um táxi, que é ligando para o posto.

O estudante Matias Diogo Freitas, 18, disse que nunca pediu um táxi, nem mesmo por aplicativo. “Eu ainda uso o transporte público na maioria das vezes, mas quando preciso de um carro, recorro a empresas como Uber e 99. Elas também dão a opção de táxi, mas o preço é sempre mais alto. Ir a um posto de táxi, nunca fui. Inclusive vejo poucos postos de táxi pela cidade, e acho os existentes têm uma clientela minúscula”, deu a sua opinião, Matias, que mora bairro do Jaracati.

Ao Jornal Pequeno, a Prefeitura de São Luís informou que a criação de postos de táxi depende da proporção do crescimento urbano da capital e a procura pela instalação ou avaliação dos postos, tanto pelos empreendedores – por exemplo, supermercados – quanto pelos permissionários interessados. Depois, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte, por meio de sua equipe técnica do Setor de Engenharia vai ao local para avaliar o espaço e as vias para não serem obstruídas.

A Prefeitura afirmou que garante a fluidez do trânsito nestes espaços com pontos de táxi, além de atender à necessidade da população. A SMTT informou ainda que todos os postos de táxis devem fazer, anualmente, o cadastramento e recadastramento junto à Secretaria.

Os postos são constantemente objetos de fiscalização pela Coordenação de Fiscalização de Transportes, visando evitar vagas ociosas ou qualquer irregularidade. (Do Jornal Pequeno)

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