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MPMA se reúne com construtora para tratar dos condomínios Toscana e Provence

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CAOp-Consumidor) do Ministério Público do Maranhão, promotor de justiça Nacor Pereira dos Santos, acompanhou reunião com a assessoria jurídica da construtora Cyrela, realizada na manhã desta terça-feira, 3, na sede da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís, no bairro São Francisco.

O encontro teve o objetivo de tratar dos problemas estruturais ocorridos nos condomínios Jardim de Toscana e Jardim de Provence, no bairro Altos do Calhau, construído pela referida empresa.

A reunião foi coordenada pela promotora de justiça do Consumidor, Lítia Cavalcanti, que cobrou empenho e celeridade no andamento dos reparos que estão sendo realizados nos dois prédios, após as ocorrências de vazamento de gás GLP nas tubulações e muitos vícios de construção.

Na ocasião, Nacor Perreira dos Santos ressaltou o empenho da promotora Litia Cavalcanti em solucionar a questão e alertou a empresa sobre a gravidade dos fatos. “Os problemas constatados trouxeram consequências muito graves aos moradores e podem ruir a imagem da empresa perante a sociedade maranhense. Por isso, solicitamos providências”, frisou.

Afirmação semelhante fez Lítia Cavalcanti que destacou a gravidade dos problemas e pediu cuidado na execução das obras, especialmente no Jardim de Provence, onde os moradores permanecem no local. “Já realizamos diversas reuniões com a empresa e firmamos um acordo. Portanto, estamos acompanhando o caso com total atenção”.

Conforme foi acordado nas negociações sobre o caso, a empresa Cyrela encaminha a cada 15 dias relatório sobre o cronograma das obras de correção em andamento.

No Jardim Toscana, os moradores foram retirados do local no mês de junho e a Cyrela foi obrigada – após Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela construtora com o MPMA – a pagar aluguel e prestar ajuda financeira a cada família prejudicada. Já os residentes no Jardim Provence continuaram no prédio e recebem ajuda financeira da empresa.

Entre os vícios de construção constatados estão problemas na área de lazer (incluindo a piscina), no abastecimento de água, no revestimento (pastilhas) e nas instalações elétricas.

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís abriu dois inquéritos civis para investigar as irregularidades.

HISTÓRICO DO TOSCANA

representantes cyrella

Por não atender requisitos de segurança para combate a incêndio, evacuação de moradores e sistema de distribuição de gás GLP, o condomínio foi interditado, no dia 27 de junho, pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão.

Antes, no mês de abril, após inspeção realizada no prédio, o Corpo de Bombeiros emitiu laudo solicitando a correção das irregularidades atestadas e a adequação do prédio às normas de segurança. Mas as exigências foram descumpridas.

No dia 28 de junho, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh) suspendeu o Habite-se do prédio, devido a inadequações no projeto de abastecimento de água e notificação do Corpo de Bombeiros.

Em contrapartida, a construtora apresentou um novo projeto para a correção dos problemas.

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