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Via Expressa: Moradores do Vinhais Velho e vereadores se reunirão com Max

Uma comissão de vereadores e moradores do Vinhais Velho se reunirão no próximo dia 7 de novembro com o secretário de Estado da Infraestrutura, Max Barros. O intuito da audiência é discutir e tentar achar uma solução diante da proposta do governo Roseana de demolir 40 residências no Vinhais Velho por conta das obras da Via Expressa. Na área afetada, existem ainda cerca de 280 famílias da Vila Kubanacan bem como as 50 famílias da Vila 25 de Maio e Vila Progresso que serão atingidas pelas obras.

Farão parte da comissão o presidente da Câmara, vereador Isaías Pereirinha (PSL), os vereadores Ivaldo Rodrigues (PDT), Batista Matos (PPS), Rose Sales (PCdoB) e Josué Pinheiro (PSDC).

Uma comissão com cerca de 50 moradores do Vinhais Velho esteve na Câmara Municipal reivindicando o direito à moradia. Imagem: blog da Rose Sales

No bairro do Vinhais Velho a maioria das casas possuem grandes áreas, com nascentes de águas no fundo e uma diversidade de árvores frutíferas como juçarais, mangueiras, buritizais, além dos manguezais e o patrimônio histórico, que também está ameaçado pelo avanço da Via Expressa.

Lá, existe a secular Igreja de São João Batista (que completou 399 anos); o cemitério do Vinhais Velho – construído no século 18; um porto – construído no Governo Newton Belo (1961-1966); a escola Municipal Oliveira Roma, além de diversas fontes e reservas naturais que abastecem a comunidade e servem como atrativo turístico.

Os moradores da região protestam contra o valor das indenizações oferecidas pelo governo do Estado. Segundo eles, estão muito aquém do valor de mercado. Os mesmos reivindicam da Sinfra que os ouçam, para que eles apresentem uma alternativa à atual concepção do projeto da Via Expressa.

Na área habitam 600 famílias, num contingente populacional de aproximadamente 3 mil pessoas, em local remanescente de aldeamento indígena. Parte das famílias complementa sua renda com atividades como pesca, extrativismo de caranguejo e coleta de frutas.

Enquanto isso, o Ministério Público, através do promotor do Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Histórico, Luís Fernando Barreto – o mesmo que faz vistas grossas sobre o crime ambiental que está sendo cometido na área da Reserva Florestal Santa Eulália – não dá um pio sobre a demolição no Vinhais Velho.

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