Apesar da ameaça de expulsão, deputados da oposição devem manter a posição favorável à reforma da Previdência na votação em segundo turno, prevista para começar nesta terça-feira (6). No PDT, os deputados dizem que o grupo de oito parlamentares segue unido e deve manter a posição. À Folha de São Paulo três deputados confirmaram que vão votar a favor da reforma no segundo turno. “Não houve mudança no texto, então não teria porque eu mudar o voto“, afirma o deputado federal Gil Cutrim (MA).

Dos 32 integrantes da bancada do PSB, 11 apoiaram a proposta da Previdência. No PDT, 8 dos 27 deputados votaram a favor da reestruturação das regras de aposentadoria. Oposição ao governo Jair Bolsonaro, os dois partidos fecharam questão contra a reforma. Com isso, pretendiam forçar as bancadas no Congresso a votar de acordo com a orientação das cúpulas. Quem descumpre esse tipo de decisão pode ser punido ou até expulso da legenda.

Em entrevista ao Bom Dia Maranhão da TV Difusora, o senador Weerton Rocha (PDT) disse ser contra a expulsão de quem votou a favor da reforma, a exemplo do correligionário Gil Cutrim. No entanto, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi defende punições mais duras aos pedetistas infiéis.

Por ser PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o texto precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos. A maioria desses deputados pró-reforma argumenta que o voto no segundo turno tem de ser mantido por questão de coerência.