Maranhão é o segundo no ranking de estados que desmata o Cerrado, segundo INPE
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Maranhão é o estado que mais desmatou o Cerrado esse ano. De janeiro até agosto, 1.181 km² do bioma foram destruídos, 10% a mais que no mesmo período de 2022. Ainda de acordo com informações do INPE, o município de Balsas, no sul do estado, foi o terceiro do país que mais desmatou o cerrado em 2023. Foram 188 km² de áreas desflorestadas pelo agronegócio da cidade, a maioria com aval favorável dos órgãos ambientais.
Consequências do desmatamento do Cerrado
Entidades ligadas aos trabalhadores rurais afirmam que a retirada indiscriminada da vegetação, além de gerar sérios prejuízos para o meio ambiente, está expulsando as comunidades que dependem do cerrado para sobreviver.
Além disso, de acordo com especialistas, a piora da devastação nas cidades afetadas, como o município de Carolina, localizada também no sul do estado, pode resultar na escassez de água potável.
“As comunidades tradicionais que significativamente protegem este bioma por meio de suas práticas sustentáveis estão sendo expulsas de suas terras, tradicionalmente ocupadas, por ausência de políticas públicas que lhe garantam título de propriedade”, esclareceu Diogo Cabral, advogado da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEMA).
Ademais, o desmatamento desse bioma também colabora para a emissão de gases de efeito estufa, piorando as mudanças climáticas e comprometendo a segurança alimentar das populações situadas na região.
A importância do bioma
O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, comportando uma diversidade de espécies vegetais e animais. Além disso, a região é considerada essencial para a variedade hídrica do Brasil, abastecendo seis das oito bacias hidrográficas do país, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte. No entanto, o desmatamento indiscriminado dos últimos anos vem comprometendo a capacidade do bioma de cumprir sua função.
Ele também é considerado fundamental enquanto fonte de alimento, como milho, soja, arroz e feijão, mantimentos cultivados por pequenas empresas e agricultores familiares. (R7)
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