Lupi ironiza nome de Haddad e diz que transferência de votos não será fácil
O presidente do PDT, Carlos Lupi, defendeu nesta, quinta-feira, 23, que não será fácil para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, transferir seus votos para seu candidato a vice, Fernando Haddad. Segundo Lupi, Haddad terá de andar muito pelo Nordeste até que a população aprenda a falar seu nome.
Haddad é considerado o plano B do partido, caso Lula, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato e atualmente preso em Curitiba, seja considerado inelegível pela Justiça Eleitoral. O ex-prefeito de São Paulo está fazendo uma incursão por cidades nordestinas nesta semana.
“Ele vai ter que rodar bastante até o povão aprender a falar Haddad. Não é fácil essa transferência (de votos de Lula para ele)”, diz Lupi. “Com o tempo, o povo começa com essa solidariedade (em relação ao Lula) porque o povão não gosta do poder Judiciário que só vê preso preto, pobre e quem está marginalizado na sociedade. Tem essa solidariedade, mas depois cai a ficha porque vão começar a pensar o que vai acontecer com o Brasil. É minha opinião.”
Lupi disse que não é uma preocupação do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, perder espaço e votos para o PT no Nordeste já que Ciro é conhecido na região. Ele disse que, nos próximos dias, Ciro irá concentrar sua campanha na região Sul.
“No Datafolha, nós estamos em São Paulo com 8% das intenções de voto, no Rio, com 12%. Então no Nordeste é a coisa mais simples porque ele (Ciro) é de lá. É simples de convencer. Quem te conhece é mais fácil você dizer quem é do que quem não te conhece. Então vamos centrar muito agora no Sul esta semana e na outra no Nordeste”, afirmou.
Divulgada na segunda-feira (20), a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo também mostra que a transferência de votos do ex-presidente para o atual vice da chapa petista é limitado. Quatro a cada dez eleitores de Lula afirmam que não votarão no ex-prefeito de São Paulo “de jeito nenhum”. (Estadão)
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