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Lava Jato voltará a bater à porta dos Sarney/Lobão?

Lobão-e-Sarney

Dois anos e meio depois da prisão do doleiro Alberto Yousseff em solo maranhense, a Operação Lava Jato segue rendendo noites insones para as famílias Sarney, Murad e Lobão. Isso porque, a cada possibilidade de nova delação, cresce o medo de voltarem a ser alvos. Principalmente depois que nem o até então intocável José Sarney escapou de uma delaçãozinha, de seu aliado e indicado na Transpetro, Sérgio Machado. E desta vez a imprensa nacional novamente ventila possibilidades de novas delações nas próximas semanas.

Edison Lobão é o campeão até agora de citações: foram 4 denúncias contra ele em delações premiadas. Dois dos processos já estão no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a revista Época. As investigações são motivadas, segundo a revista, por duas delações: do representante da empreiteira Camargo Corrêa, Luiz Carlos Martins; e do dono da construtora UTC, Ricardo Pessôa. Ambos teriam apontado Lobão como beneficiário de propinas de mais de R$ 30 milhões desviados por meio de superfaturamento em obras da Petrobras e na construção da Eletronuclear 3.

Já a revista Veja afirmou que sistema de desvio de recursos públicos conhecido como Petrolão também foi repetido no setor elétrico, área de domínio da família Sarney no governo federal ao longo dos últimos 30 anos. A revelação teria sido feita ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, em delação premiada à Justiça Federal.

Por fim, a revista Istoé afirmou que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou Lobão na delação que negocia com a Justiça Federal. Delcídio teria afirmado que o Lobão era beneficiário, junto com outros senadores maranhenses, de desvio de recursos públicos de obras da Petrobras.

Relembre a história

A Operação Lava Jato nasceu no Maranhão em 2014, mais precisamente no Hotel Luzeiros em São Luís, quando a Polícia Federal (PF) prendeu o doleiro Alberto Youssef no momento em que, segundo as investigações, ele se preparava para pagar mais uma parte da propina à então governadora Roseana Sarney por favores prestados à empreiteira UTC-Constran, uma das empresas no centro do escândalo de corrupção que gerou a Operação Lava Jato.

Após a prisão de Alberto Youssef, uma avalanche de delatores, inclusive o próprio Youssef e o dono da Constran, Ricardo Pessoa, entregaram documentos e outras provas deixando claro que além da então governadora Roseana Sarney, o senador Edison Lobão, além do ex-presidente José Sarney, constavam como beneficiários dos esquemas de propinas da Lava Jato.

Roseana, Lobão e o próprio José Sarney já estiveram no olho do furação da Operação Lava Jato. Investigados pela PF, a avaliação que se faz é de que nenhum deles sobreviverá à delação da empreiteira Odebrecht, prestes a ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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