Na sessão plenária desta terça-feira (12), o deputado Júlio Mendonça (PCdoB) usou a tribuna para destacar o I Congresso Estadual de Regularização Fundiária, promovido pelo Governo do Estado em parceria com a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem). O evento reuniu gestores municipais e especialistas para discutir práticas para o Registro de Regularização Fundiária Urbana (Reurb) e o programa ‘Paz no Campo’.

O parlamentar falou sobre a importância do evento para o atual momento no Estado, onde conflitos fundiários têm acontecendo de forma recorrente. “Nós todos precisamos valorizar a regularização fundiária, pois somente assim teremos paz no campo e equidade social” frisou.

Júlio Mendonça aproveitou a pauta para registrar mais uma denúncia, trazida por meio da Fetaema e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cantanhede, de um novo conflito ocorrido na cidade de Cantanhede, onde 31 famílias ficaram desabrigadas, vítimas de ataques violentos. Na última semana de agosto, o deputado já havia usado a tribuna para denunciar um conflito na comunidade Bom Acerto, em Balsas.

“E agora nas comunidades de Cachoeira 2, em Cantanhede, fronteira com Matões. Lá, um senhor denominado “Gaúcho” passou por cima de mais de 30 linhas de roça, expulsando as pessoas e criando um clima de terror, utilizando desvio de função de funcionários da Polícia Civil de Miranda, colocando pessoas na traseira da sua caminhonete com presença de óleo diesel. Os trabalhadores passaram o dia todo detidos sem nenhuma ordem judicial, à revelia da lei”, denunciou.

O parlamentar relatou que manteve contato com o governador Carlos Brandão falando sobre os casos e reforçando a importância de garantir a dignidade e os direitos das famílias no campo.

“Ele nos tranquilizou afirmando que seu governo não compactuará com injustiças, mas com desenvolvimento. E é isso que todos nós, maranhenses, esperamos do governador Carlos Brandão, que é um homem público comprometido”.

Júlio Mendonça finalizou o discurso colocando seu mandato à disposição do desenvolvimento do estado. “Enquanto nossos irmãos estiverem sendo expulsos das suas terras, com certeza nós não poderemos chamar o Maranhão de estado justo. Trago isso aqui como deputado estadual, membro da Frente Parlamentar e maranhense que luta para que o nosso mandato, de fato, seja um instrumento de justiça social e desenvolvimento. Não podemos admitir que coisas desse tipo aconteça”.