De acordo com o blog do jornalista Ribamar Corrêa, o deputado federal Hildo Rocha propôs um acordo para que a deputada Andrea Murad fosse a vice na chapa de João Alberto. Falando, provavelmente, em nome de Ricardo Murad, que certamente repensou sua estratégia de não contabilizar mais uma derrota humilhante no seu currículo (já basta o seu fracasso e da filha na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa), a resposta de Alberto a Rocha foi um ‘não’.

Sem força no PMDB, Andrea e Ricardo foram atropelados na disputa pelo comando da legenda. Sem condições de vencer, quiseram a todo custo tumultuar o processo. Não tiveram êxito e chegaram a conclusão de que era bem melhor entregar os pontos. Tanto é que Andrea antecipou a data de sua viagem aos Estados Unidos para não passar por mais uma humilhação.

Abaixo, segue o que escreveu Corrêa.

Depois de esbravejar, sem resultado, contra a direção do PMDB por causa do indeferimento da chapa liderada pela deputada Andrea Murad, prometendo ir à Justiça e, em último caso, pedir ao comando nacional do PMDB intervenção no braço maranhense do partido, o deputado federal Hildo Rocha mudou o tom e o discurso. Político já com tempo de estrada, Rocha percebeu que estava no caminho errado e, para não tropeçar feio, recorreu à diplomacia política. Ontem, Hildo Rocha ligou duas vezes para o senador João Alberto, a quem negou que tivesse acusado a direção partidária de fraudar ata e propôs um acordo pelo qual a chapa da situação desse a vaga de vice-presidente do PMDB para a deputada Andrea Murad. João Alberto recusou argumentando que a vaga é do ex-deputado Remi Ribeiro, que há anos vem se dedicando integralmente ao partido. E na conversa, João Aberto disse que gostaria muito de ter registrado a chapa montada por Ricardo Murad, para que houvesse uma disputa limpa, com chapas legalmente constituídas. Isso não foi possível porque a chapa apresentada por Ricardo Murad estava contaminada por vários problemas: Andrea Murad não recolhe taxa mensal ao partido, o que é exigido aos filiados que querem se candidatar; vários dos 75 membros da chapa não eram filiados ao PMDB e, o que não é uma ilegalidade, mas é politicamente incorreto: 57 membros da chapa eram do PMDB de Coroatá, município onde Ricardo Murad ainda dá as cartas.