Poucas vezes se viu em apenas sete meses um governador com tanto prestígio junto ao Planalto Central e protagonismo na política nacional. Esta tem sido uma das marcas do governador Flávio Dino.

A considerar o passado recente – exceto dois interstícios dos consecutivos governos da oligarquia Sarney nos últimos 50 anos –, o feito de Flávio Dino é ainda mais notável. Nos mandatos dos ex-governadores Zé Reinaldo e Jackson Lago a influência do então poderoso chefe maior da oligarquia José Sarney era tamanha que impedia até ministros de visitarem o Estado.

Em sete meses de mandato do governador do PCdoB, o Maranhão já recebeu cerca de 15 ministros de Estado. Dino desponta como habil articulador juntos aos governadores do Nordeste e do Norte e para culminar amanhã desembarcará em São Luís para cumprir agenda ao lado do governador comunista a presidente Dilma Rousseff.

Trata-se de evento histórico não somente pelo momento conturbado porque passa o governo Dilma, que tenta a partir do Maranhão reagir e recuperar popularidade. Mas, por outro feito inusitado. Terá o ineditismo de em cinco décadas ser dos raros momentos que um presidente da República virá ao Maranhão e não estará emoldurado por Sarney. Frise-se, no entanto, que Sarney viria acompanhando Dilma, mas um acidente em casa o impossibilitou da viagem.

Espera-se que Dilma além de fazer entregas importantes do Minha Casa Minha Vida e do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) prestigie o Maranhão e o governador Flávio Dino com novos investimentos para o Estado. É o mínimo para este sofrido povo que lhe conferiu a maior votação proporcional e para o governador que tem sido voz firme na defesa da governabilidade do país e da democracia.