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Indagações sobre a Via Expressa e o PAC Rio Anil para as “perguntas” de Roseana

O jornal O Estado do Maranhão, pasquim oficial da família Sarney, diz na coluna ‘Estado Maior’ que a governadora Roseana Sarney visita na manhã de hoje as obras da Via Expressa, do PAC Rio Anil e do Espigão Costeiro.

Roseana estará acompanhada dos secretários Max Barros (Infraestrutura), pré-candidato do grupo a prefeito de São Luís, e Pedro Fernandes (Cidades). Segundo o matutino do clã, Roseana tem uma “bateria de perguntas” sobre o andamento e o que está sendo feito nas respectivas obras.

Pois bem, já que Roseana acordou disposta a saber de como prossegue o rito dessas obras, o blog sugere alguns questionamentos para que sejam inclusos na prancheta da governadora. Primeiro deles, sobre a Via Expressa: por que o governo é complacente com a destruição criminosa da nascente de um rio e palmeiras de buriti na área da Reserva Florestal Santa Eulália, devastando o meio ambiente do local? Mais: qual o destino da comunidade do Vinhais Velho, que estão resistindo sair de suas residências, e como se dará a desapropriação dessas famílias?

Ainda sobre a Via Expressa, por que não é informado corretamente à população que de acordo com o projeto apresentado, ele está previsto para ser executado em três etapas, num prazo de cinco anos? O primeiro trecho, da Avenida Carlos Cunha até o Cohafuma, em 18 meses; a segunda etapa do Cohafuma ao Recanto dos Vinhais, em 24 meses; e a terceira, do Recanto até a Avenida Daniel de La Touche e os viadutos previstos em mais 18 meses. Somando-se a isso está a desistência, segundo informações, das empresas que iria construir estes dois últimos lotes. Pela propaganda oficial do governo, dá a entender que a obra toda será finalizada até a comemoração do quarto centenário de São Luís. Pura farsa.

Já quanto ao PAC Rio Anil, por que a entrega das unidades habitacionais do programa (projeto de urbanização de áreas de palafitas) foram feitas de forma irregular? A maioria dos apartamentos nas áreas dos bairros da Camboa e Liberdade foram destinadas à parentes de integrantes da Comissão de Acompanhamento de Obra (CAO). Além disso, das 3.500 unidades habitacionais previstas no programa, apenas 512 foram entregues (288 na Camboa e 224 no Monte Castelo).

De mais a mais, moradores dos apartamentos denunciam abandono e irregularidades nas moradias, além da deterioração física já visível dos prédios e falta de segurança com a instalação do tráfico de drogas na região. O projeto do PAC Rio Anil é uma parceria dos governos estadual e federal celebrado na gestão do então ex-governador Jackson Lago. Desde a deposição do governador falecido e a posse de Roseana, o projeto emperrou e de lá para cá pouco avançou. Portanto, apresentada tais indagações, o blog e os leitores se dariam por satisfeitos se a governadora as incluísse na sua bateria de perguntas. Vamos aguardar as respostas.

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