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A hora da mudança e do bem comum…

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Por Othelino Filho

O resultado das eleições do último domingo (12.10.2014), que confirmou a vitória esmagadora do futuro governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), do senador Roberto Rocha (PSB), do deputado Othelino Neto (PC do B) e de diversos outros membros da coligação “Todos pelo Maranhão”, somente reafirma o fenômeno que estabeleceu uma nova e promissora consciência coletiva dos Brasileiros de Norte e Sul, Leste a Oeste.

Esse fenômeno assumiu o seu ápice, em termos de mobilização e repercussão nacional e internacional, com os movimentos sociais de junho do ano passado.

Brasileiros de todas as matizes socioeconômicas; gênero, número e grau; credos, etnias, idades e preferências das variadas naturezas foram, aos milhares, às ruas de todo o país, não só para simplesmente protestar por protestar, mas para dizer, alto e a bom som, os por quês dos seus posicionamentos.

Não aceitam mais a corrupção que se enraizou nas instituições nacionais com seus tentáculos aparentemente indestrutíveis, assumindo força e influência de poder paralelo. Respaldada no crime organizado e na garantia da impunidade.

Não admitem a continuidade de uma Educação Pública falida, de péssima qualidade que, por falta dos investimentos previstos na Constituição, sempre contingenciados e/ou desviados para fins impróprios, do conhecimento geral, estão entre lanternas, inclusive da América do Sul.

Repudiam a Saúde Púbica que, há anos, agoniza, pelas mesmas motivações acima elencadas. E que ceifa vidas e/ou impõe sofrimentos atrozes a milhões de brasileiros a cada ano, ou em escalas menores e proporcionais, a cada mês, cada semana, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo…

Denunciam a Segurança Pública que sempre esteve distante de cumprir a contento as suas funções precípuas. Numericamente fragilizada, equipada em padrões sofríveis e condições técnico-profissionais obsoletas, coloca sempre a despreparada repressão como prioridade diante da prevenção.

Enquanto isso, as pessoas de bem permanecem sob grades, presas, em casa, apavoradas, sem poder usufruir o direito de ir e vir, reféns da bandidagem, que prospera, celeremente, muitas vezes em conchavo com quem é pago pelo erário para garantir a ordem e a paz sociais, além de outros direitos de cidadania.

O conjunto dos Serviços Públicos não oferece qualidade. Em vez de evoluir, piora. Se há algum esforço para reverter a realidade adversa, até aqui não teve o menor êxito, infelizmente.

Conclui-se, pois, que as possíveis ações foram contaminadas pelo nível de degradação que assumiram as políticas públicas no Brasil.

A infraestrutura, como um todo, é um dos grandes gargalos que impedem o crescimento sustentável do país. As rodovias, as ferrovias, os portos etc. somente avançam de forma fantástica na propaganda oficial.

Esses episódios revelam o lado execrável de quem exerce equivocadamente a política. São, possivelmente, carreiristas. Eles têm horror à alternância de poder. Tripudiam sobre os ideais nobres, a ética e nivelam por baixo a mais generosa e solidária potencialidade do ser humano: o dom de sonhar e criar felicidade.

A renovação, inexoravelmente, é uma exigência da natureza. Desde as coisas mais simples até as grandes conquistas científicas têm fases distintas até se chegar ao objetivo almejado. Têm começo, meio e fim. E evoluem. O revolucionário, também implica experiência. Há que acontecer, não surge aleatoriamente.

O Brasil e Maranhão estagnaram durante longo tempo, com repercussões imprevisíveis, porque sufocou-se a sua inteligência, inibindo-se a confirmação de lideranças talentosas e criativas.

Não há modelo pronto e acabado que anule os nossos receios e defina um futuro seguramente exemplar. Temos que construí-lo com segurança, mas com certa ousadia. Navegar é preciso, viver é preciso. Quem tiver medo de tempestade não se lance ao mar.

Desprezou-se a arte de promover a paz. A sabedoria de produzir desenvolvimento sustentável e distribuir justiça social. De gerações de conterrâneos se cumprirem, enlevando-se na inspiração divina para, quem sabe, ajudar na construção da história.

A importância do momento histórico exige seguimento a reflexões vivenciadas em períodos mais distantes ou mesmo próximos.

São evocadas como suporte a esses sentimentos incontidos de mudança que nasceram como pequenas bolas de neve e foram se juntando até formar uma onda avassaladora de esperança, fé e amor.

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