Gurgel pede prisão imediata dos réus que forem condenados no mensalão
Ao defender a condenação de 36 dos 38 réus do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitou nesta sexta-feira (3) que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a imediata expedição do mandado de prisão dos que forem punidos.
Se acatado o pedido, os condenados a prisão serão detidos no mesmo dia.
Com isso, Gurgel quer evitar que as defesas dos réus condenados usem recursos protelatórios para evitar que eles sejam presos.
O procurador-geral disse ter certeza de que o STF será justo na análise dos casos e “aplicará as penas de formas justas com a gravidade dos crimes”.
“A expedição dos mandados de prisão cabíveis imediatamente após a realização do julgamento”, disse.
Para os condenados, ele pediu a perda dos cargos, cassação das aposentadorias e a sanções patrimoniais.
Gurgel defendeu, por falta de provas, a absolvição de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, e Antonio Lamas, ex-assessor do PL.
Gushiken foi denunciado pelo Ministério Público Federal por peculato e Lamas por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal denunciou 24 por formação de quadrilha, 10 por corrupção ativa, 13 por crime de corrupção passiva, 35 são acusados de lavagem de dinheiro e quatro respondem por gestão fraudulenta.
Gurgel diz que ex-deputados do PT receberam R$ 1,2 mi
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou, durante a leitura da denúncia na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta sexta, que três ex-deputados do PT receberam R$ 1,2 milhão do esquema do mensalão. Foram eles Paulo Rocha (PA), João Magno (MG) e Professor Luizinho (SP). Outro petista, ainda deputado, João Paulo Cunha recebeu R$ 50 mil de uma empresa do publicitário Marcos Valério que, pouco depois, venceu licitação para prestar serviços de publicidade para a Câmara dos Deputados. À época, João Paulo Cunha era presidente da Casa legislativa.
Em relação a Paulo Rocha, os repasses somam R$ 820 mil. Foram usados dois intermediários para o recebimento. Anita Leocádio, que também é ré, recebeu R$ 620 mil pelo parlamentar. Outro assessor, que está fora do processo, sacou mais R$ 200 mil. Gurgel destacou que Paulo Rocha afirmou em sua defesa que o recurso era para despesas de campanha, mas Gurgel afirmou que a destinação não retira o crime de corrupção passiva pelo fato de o valor ter sido recebido indevidamente.
João Magno recebeu R$ 360 mil por meio de dois intermediários. O parlamentar admitiu ser o destinatário dos recursos. Professor Luizinho teria obtido R$ 20 mil por meio de um assessor. O ex-parlamentar nega ter mandado o assessor receber os recursos, mas o procurador-geral destacou que o Professor Luizinho admitiu, antes, manter contatos com Marcos Valério e ter pedido dinheiro a Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e também réu no processo. (Folha de São Paulo e Agência Estado)
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