Governo abre leilão de petróleo com venda de áreas no Maranhão
A Parnaíba Gás Natural arrematou os primeiros cinco blocos ofertados na 14ª rodada de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo no país, iniciada na manhã desta quarta (27).
O leilão foi aberto com a presença de dois ministros, Moreira Franco (chefe da Secretaria Geral da Presidência da República) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), em um esforço do governo para gerar agenda positiva em meio à crise política.
A Parnaíba Gás Natural pagou R$ 2,686 milhões pelas concessões, que ficam perto de uma região em que a empresa já produz gás no Maranhão, um ágio de 10% com relação ao valor mínimo. Não houve disputa pelas áreas.
A companhia se comprometeu ainda com investimentos mínimos de R$ 55,350 milhões na exploração das áreas arrematadas no leilão.
O governo está oferecendo 287 blocos exploratórios e espera uma arrecadação de ao menos R$ 1 bilhão. Ao todo, 32 petroleiras se inscreveram para a disputa.
Os ministros presentes destacaram em seus discursos a possibilidade de retomada dos investimentos no setor de petróleo e gás após anos de paralisia.
E exaltaram mudanças promovidas pelo governo Michel Temer para atrair as companhias estrangeiras do setor.
“Vamos colocar de uma vez por todas o Brasil no mapa do setor de óleo e gás”, afirmou o ministro de Minas e Energia em seu discurso de abertura.
“Hoje é, sem dúvida nenhuma, um dia extremamente importante para a economia brasileira, para a superação da mais grave crise econômica da nossa história”, disse Moreira Franco.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, também participou da cerimônia de abertura e disse que a Petrobras terá uma atuação para recompor seu portfólio e que as áreas que tem camada de sal atraem mais o interesse.
No leilão, a ANP está licitando alguns blocos ao lado da região chamada polígono do pré-sal, com potencial de reservas abaixo da camada de sal.
PROTESTOS
Um protesto de comunidades indígenas e produtores rurais contra a 14ª rodada de licitações de áreas petrolíferas terminou em pancadaria com seguranças contratados pelo evento.
Os manifestantes protestavam dentro de hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, quando tentaram forçar a passagem para a área onde está sendo realizado o leilão e foram repelidos pelos seguranças.
Entre as lideranças dos manifestantes, está a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e o movimento Não Fracking Brasil, contrário à tecnologia de fraturamento hidráulico, usada na exploração de jazidas não convencionais.
Durante o protesto, indígenas da etnia kaingang cantaram canções de guerra e dançaram. Os manifestantes gritavam também palavras de ordem como “petróleo, gás, carvão, é para ficar no chão”. (Folha de SP)
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