Governadores da oposição no Nordeste avaliam faltar a encontro com Bolsonaro
BRASÍLIA — Desconfortáveis com a presença do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e com a liderança de João Doria (PSDB-SP), governadores da oposição no Nordeste avaliam não participar da reunião, nesta quarta-feira, em Brasília, entre os que assumirão os estados em 2019. Além de Doria, o encontro está sendo organizado pelos futuros administradores do Distrito Federal, Ibaneis (MDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC). Os três anunciaram a reunião como uma conversa para debater projetos comuns aos estados. Convidaram Bolsonaro e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
Entre os governadores eleitos pelo PT, PSB e do PCdoB no Nordeste, a reunião tem sido tratada como uma tentativa de Doria de se afirmar como “líder” dos governadores a partir de 2019. Eles estão incomodados também com a presença de Bolsonaro. Dizem que se o encontro tivesse sido formalmente convocado pelo presidente eleito, se sentiriam mais confortáveis a ir. Mas que, da maneira como está sendo conduzido, ganhou mais contorno político do que de debate sobre gestão pública.
Desconfortáveis, eles ainda avaliam se vão ao encontro. Dos nove estados nordestinos, sete serão governados pelo PT (BA, CE, RN e PI), PSB (PB e PE) e PCdoB (MA), que farão oposição a Bolsonaro. Em férias fora do país, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), já é uma das baixas. O estado não deve mandar representante em seu lugar. Envolvida na transição em seu estado, a futura governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), também não deve ir.
Uma das alternativas avaliadas em conversas reservadas entre esses governadores é a de o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum dos Governadores do Nordeste, participar como uma espécie de representante do grupo. (O Globo)
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