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Gestão municipal: melhora a imagem do prefeito Edivaldo

Por Nonato Reis (JP)

Ilustração: Edgar Ribeiro

Não disponho de levantamentos técnicos para sustentar este artigo, porém vamos combinar: existe algo de novo na forma de administrar a cidade. O prefeito de São Luís, finalmente, saiu do gabinete para impor dinâmica à sua gestão. Basta sair às ruas e ver a quantidade de obras em curso. Dá gosto ver o asfalto, tão ansiado por todos, tomando conta da paisagem urbana, cobrindo os buracos, nivelando os espaços, dando outra aparência à malha viária. Mesmo sem pesquisas de opinião disponíveis, é visível a melhora da percepção da sociedade em relação à administração pública.

Mesmo tardiamente – afinal já estamos há dois anos e oito meses da sua posse – Edivaldo Júnior está resgatando aquela expectativa inicial do cidadão em relação a ele: a de um jovem com visão política moderna e capacidade para responder aos desafios de uma cidade carregada de problemas. Se vai conseguir solidificar esse propósito, o tempo dirá. Depende da continuidade do trabalho que vem desenvolvendo.

Após quase três anos de inércia, forjou-se a ideia de que o prefeito não era a pessoa certa para a missão que lhe fora confiada. A São Luís que sobreviveu a Castelo trazia as marcas de uma cidade maltratada, carente de políticas públicas. Os problemas se acumulavam e simplesmente não se via sinais da presença da administração. A sensação de abandono permeava a paisagem urbana, repleta de crateras, lixo, esgotos a céu aberto, falta de drenagem e toda sorte de infortúnio.

Agora, ao ver as máquinas nas ruas em diferentes pontos da cidade, tem-se a impressão de que essa página está sendo virada. O projeto de recuperação asfáltica não é uma mera operação pontual, mas um trabalho consistente, que promete mudar a face urbana da cidade. Existem bairros em que boa parte das ruas e avenidas foi alvo da intervenção municipal. Lugares que há anos não recebiam qualquer benefício da prefeitura.

É o caso da Areinha, por exemplo, que desde Conceição Andrade amargava o mais completo abandono. Também a Aurora, historicamente esquecida do poder público. O que dizer dos conjuntos da Cohab-Anil, em petição de miséria? O Vinhais e o Recanto dos Vinhais foram premiados com um esforço agudo e a maioria das ruas e avenidas desses núcleos recebem asfalto novo. Também áreas esquecidas nos confins da cidade exibem a bela imagem de maquinas e operários em movimento. Placas anunciando obras parecem estar em todos os lugares.

Porém nem tudo é louvor com essas frentes de trabalho. Há lapsos inexplicáveis, a sugerir falhas no planejamento do projeto. Como a exclusão da Rua Rio Anil, no Vinhais II, que jamais foi pavimentada, apesar de fazer ligação com a Rua 7, devidamente asfaltada. A Avenida 12, na Cohab –Anil 3, foi recapeada, mas a Rua Cunha Martins, importante por fazer a ligação de quem trafega pela “12” e pretende pegar a avenida Jerônimo de Albuquerque, permanece esburacada.

No Turu, a prefeitura recapeou a Avenida do Aririzal, incluída no projeto Interbairros, e deu início à pavimentação das ruas Primavera e Alto da Primavera, ambas, compromisso selado pelo prefeito com os moradores. As máquinas fizeram a terraplanagem e a compactação do solo, mas depois desapareceram do local, deixando um enorme problema, porque com o trânsito de veículos uma nuvem de poeira se formou, adentrando as casas, sujando os utensílios, ameaçando a saúde das pessoas. Mais de um mês já se passou e nem sinal das máquinas.

O trabalho de melhoramento urbano em São Luís não acontece porque o prefeito se tenha acometido de uma crise de consciência e sensibilizado com o drama da população. Políticos costumam ser pragmáticos. Elegem seus objetivos e dão a vida por eles. Sabem que a única forma de conquistá-los é atender as demandas da população.

O projeto político do prefeito Edivaldo Junior, com o qual ocupa o seu pensamento dia e noite, é conquistar mais um mandado à frente da administração municipal. Nunca tive dúvidas de que poderia sair vitorioso, e a prova são os artigos que escrevi para este JP sobre a sucessão de São Luís, nos quais o classifico como protagonista desse processo. A sorte dos políticos é que o povo costuma ser generoso com eles. As faltas cometidas, por mais graves, são facilmente perdoadas, ao menor sinal de redenção. A permanecer no ritmo de trabalho que imprime agora Edivaldo Júnior será praticamente imbatível em 2016.

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