Gastão vira ombudsman e critica o grupo Sarney
O candidato ao Senado, Gastão Vieira (PMDB), apareceu em seu programa eleitoral como se não fosse um político maranhense vinculado ao grupo Sarney. Ele não falou em Roseana ou em Edinho Lobão e tentou se passar como um político de estatura nacional. Chegou mesmo a cantarolar uma música dizendo que sua vida “é andar por esse país”.
Mas a busca de votos real tem que ser andando mesmo pelo Maranhão e aí não dá pra esconder a sua linhagem política. Recentemente, em Timon, no lançamento da candidatura do deputado estadual Alexandre Almeida, Gastão mostrou que não se sente confortável pertencendo ao grupo Sarney e disparou a seguinte fala para os timonenses, numa espécie de diálogo imaginário: “Perguntem para o Alexandre ou pra mim, você é do grupo Sarney?
– sou
– Alexandre diz, também sou
– O grupo é bom?
– Não, não é não
– Tem defeitos?
– Tem, que o Lobão Filho vai ter que consertar
– Nós temos problemas também
(veja o vídeo, gravado no celular de uma timonense)
A fala é reveladora do dilema que vive o candidato Gastão Vieira. O seu capital político de ministro de Dilma (por indicação de Sarney) se choca com a dura realidade de integrar o desgastado e repudiado grupo Sarney. E haja malabarismo para explicar no interior que faz parte do grupo, mas que ele precisa melhorar etc etc.
Ou seja, Gastão agora se coloca como um ombudsman do grupo Sarney, apontando defeitos, dizendo que serão corrigidos no futuro. Enquanto isso, na TV ele não é mais aquele político da província, agora é cosmopolita, conversa com Pelé, com o Papa, com a presidente. E ainda veste uma roupa jovial, um inacreditável figurino à beira da estrada como se tivesse aspirações a Forest Gump e planejasse sair andando país afora.
É dura a vida do candidato da oligarquia. Pense num sofredor!
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