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“Game of Thrones” se despede de personagens em batalha emocionante. Veja como foi

ATENÇÃO: O texto abaixo contém spoilers de “Game of Thrones”. Não leia se não quiser saber o que acontece.

“Game of Thrones” guardou para o terceiro episódio da sua oitava e última temporada a sua maior sequência de ação: a Batalha de Winterfell. Foram 60 minutos de pura ação, que vieram com sequências de tirar o fôlego e, infelizmente, as despedidas de muitos personagens.

Comandado por Miguel Sapochnik, diretor responsável pelos episódios “Hardhome” e “Batalha dos Bastardos”, o episódio foi o mais longo da série, com 82 minutos de duração, e trouxe o esperado combate entre os vivos — representados por Jon Snow (Kit Harington), Daenerys (Emilia Clarke) e companhia — contra o Rei da Noite e seu exército formado por White Walkers e mortos.

Quem se foi

Vamos começar direto ao ponto, com uma lista das baixas mais significativas do episódio:

  • Edd Doloroso, morto logo após salvar Sam
  • Lady Lyanna, que se sacrificou para matar um wight gigante
  • Beric Dondarrion, esfaqueado várias vezes após salvar Arya
  • Theon, assassinado pelo Rei da Noite em si ao tentar proteger Bran
  • Rei da Noite, morto por Arya
  • Jorah, morto em combate enquanto protegia Daenerys
  • Melisandre, que assumiu sua verdadeira forma e morreu naturalmente ao fim da batalha

Como foi a batalha

O episódio se iniciou com os personagens assumindo as suas posições para o confronto iminente — e a chegada inesperada de Melisandre, a sacerdotisa vermelha. Invocando o Senhor da Luz, ela acendeu as foices dos dothraki, mas isso não foi lá de grande ajuda. Sob o comando de Jorah, eles avançaram contra o Exército dos Mortos, mas não foram bem-sucedidos e tiveram que bater em retirada.

Em seguida, foi a vez de os mortos darem as cartas. Em grande número, os wights comandados pelo Rei da Noite e pelos White Walkers caíram devastadoramente sobre as tropas de Winterfell, forçando-as a recuar e adentrar os muros do castelo. Nem Daenerys e Jon Snow, com os dragões, conseguiram conter os mortos. Para piorar, ambos acabaram engolfados por uma névoa, e perderam o rumo momentaneamente.

Os Imaculados, liderados por Grey Worm, seguraram as pontas enquanto os demais soldados adentravam em Winterfell e Melisandre, novamente, usava seus poderes — dessa vez, ateando fogo às trincheiras para deter os mortos. A feiticeira, que pouco antes havia dito a Davos que morreria antes do nascer do sol, pareceu hesitar novamente em sua fé, mas conseguiu realizar o feito.

Novamente, porém, isso foi de pouca ajuda: os mortos conseguiram passar pela barreira e escalar as muralhas do castelo. Em uma sequência desesperadora, Jaime, Brienne e Tormund tentaram conter o avanço dos wights, mas se viram impossibilitados pela grande quantidade de inimigos.

Divulgação/HBO

Jon Snow durante a Batalha de Winterfell Imagem: Divulgação/HBO

Jon, Daenerys e o Rei da Noite

A princípio designados para ficar à distância enquanto aguardavam o Rei da Noite chegar a Bran no Bosque Sagrado, Jon e Daenerys partiram para a batalha quando ela lhe deu um ultimato: “Os mortos já estão aqui”.

Montados em Drogon e Rhaegal, os dois conseguiram atacar parte do exército dos mortos, mas logo se viram em um confronto direto com o Rei da Noite, montado em uma versão reanimada de Viserion. Os três dragões se engalfinharam em uma sequência impressionante, que acabou com o líder dos White Walkers sendo jogado ao ar.

Claro que não seria isso que o mataria. E, uma vez que ele estava no chão, Daenerys concretizou o momento que era um sonho para muitos fãs, e ordenou que Drogon queimasse o Rei da Noite. Infelizmente, a tática não funcionou – e o vilão permaneceu impassível, com um olhar desafiador.

A Mãe dos Dragões então bateu em retirada, evitando que mais um de seus dragões fosse morto pelo White Walker. Jon Snow, que já estava no chão, então foi atrás do inimigo, com a intenção de matá-lo. O Rei da Noite, porém, percebendo a movimentação, voltou-se para Jon e, em um dos momentos mais aterrorizantes do episódio, reanimou todos os cadáveres da batalha – incluindo os de Lyanna Mormont e Edd Doloroso.

Jon então se viu cercado por mortos, tendo que lutar sozinho em uma sequência tensa que guardava muitas semelhanças com a Batalha dos Bastardos. Desta vez, porém, ele foi salvo por Daenerys e Drogon. Ele conseguiu sair para ir em direção a Bran, mas a rainha teve um contratempo quando vários mortos começaram a subir em seu dragão. Ela caiu das costas de Drogon, que levantou voo em um esforço para se livrar dos wights, e se viu desprotegida até a chegada providencial de Jorah, que pouco depois seria ferido mortalmente.

Divulgação/HBO

Daenerys e Jon Snow observam a movimentação dos exércitos durante a batalha Imagem: Divulgação/HBO

Enquanto isso, na cripta…

A cripta de Winterfell se mostrou, como esperado, um lugar pouco apropriado para proteger os indefesos. Palco de um diálogo interessante entre Sansa e Tyrion, que refletiram sobre o casamento forçado a que foram submetidos, ela logo se converteu em cenário de um verdadeiro filme de terror. Por conta da magia do Rei da Noite, os cadáveres dos antepassados Stark que estavam no local também foram reanimados — e promoveram um verdadeiro banho de sangue.

A jornada de Arya

Arya se sobressaiu desde o início do confronto contra os mortos. Munida da arma que havia pedido a Gendry, ela mostrou grande destreza combatendo os mortos na muralha. No entanto, ela se viu às voltas com o mesmo problema de seus companheiros: havia muitos inimigos.

A jovem Stark então adentrou o castelo e tentou se abrigar na biblioteca — em vão, já que os mortos também chegaram lá. A personagem, tão destemida, mostrou-se temerosa e vulnerável pela primeira vez em anos, mas conseguiu distraí-los e escapar, ainda que temporariamente.

Encurralada por um grupo de wights, ela acabou salva por Sandor Clegane e Beric Dondarrion, que não resistiu aos ferimentos e morreu em um salão onde o trio havia conseguido se abrigar. Lá estava Melisandre, que deixou claro que Beric havia cumprido uma missão protegendo Arya naquele momento. A sacerdotisa então invocou a fala de Syrio Forel na primeira temporada da série. “O que dizemos para a morte?”, questionou. “Hoje não”, respondeu Arya.

O confronto final com o Rei da Noite

Alvo principal do Rei da Noite, Bran passou a batalha toda no Bosque Sagrado, protegido por Theon e alguns homens das Ilhas de Ferro. Ao fim, o Greyjoy foi o único que restou, após lutar incansavelmente contra os mortos. Só ele protegia o Corvo de Três Olhos quando o Rei da Noite finalmente chegou. Em um ato de coragem, Theon tentou matar o vilão após ouvir de Bran que era “um bom homem”, mas acabou pagando com a própria vida.

Jon Snow, enquanto isso, tentava chegar ao irmão, mas encontrou um obstáculo em Viserion, que estava causando destruição no pátio de Winterfell. A essa altura, as chances de vitória dos vivos pareciam quase nulas — e o clima era de desolação.

Quando o Rei da Noite se preparava para matar Bran, entretanto, Arya surgiu avançando sobre ele. O líder dos White Walkers a pegou pelo pescoço, mas a jovem guerreira, habilmente, conseguiu cravar uma lâmina em sua pele. Dessa forma, ela o matou, o que pôs um fim à magia que mantinha os mortos reanimados.

O episódio se encerrou com a partida de Melisandre. Com a vitória dos vivos e o sol já raiando, a feiticeira tirou seu colar, assumiu sua verdadeira forma e, finalmente, pôde descansar. Do UOL

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