Frase a frase, a receita do ministro Paulo Guedes para a economia do país
Durante a cerimônia de transmissão de cargo, o novo ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um diagnóstico dos problemas econômicos enfrentados pelo país e apontou os caminhos que serão seguidos no governo Jair Bolsonaro. Com frases de efeito, Guedes fez críticas às gestões anteriores — que expandiram os gastos públicos —, à legislação trabalhista e ao estado atual da Previdência.
O novo ministro afirmou que o país deixou de crescer por insistir em um modelo de Estado como motor do crescimento, o que corrompeu a política e estagnou a economia
“A despesa da Previdência é o primeiro e maior desafio a ser enfrentado. Se for bem-sucedido esse enfrentamento, temos dez anos de crescimento sustentável pela frente”
Guedes pediu a aprovação ao Congresso da reforma
“O Brasil deixará de ser o paraíso dos rentistas e inferno para empreendedores”
Em referência aos gastos com a dívida pública, que chegam a R$ 400 bilhões
“O bonito é que, se der errado, pode dar certo”
O governo tem um “plano B” à reforma da Previdência: desvincular o Orçamento, o que faria a classe política assumir o controle dos gastos
“Ideal era termos 20% do PIB de carga tributária, acima disso é o quinto dos infernos”
O ministro critica o peso dos impostos na economia, hoje acima de 30%.
“A Previdência é fábrica de desigualdades. Quem legisla e julga tem as maiores aposentadorias e o povo brasileiro tem as menores”
Para Guedes e outros especialistas, além do impacto fiscal, o atual sistema de Previdência gera desigualdades, principalmente entre servidores e trabalhadores da iniciativa privada
“A classe política é criticada por ter muitos privilégios e poucas atribuições”
Guedes defende mais responsabilidade para a classe política, inclusive na definição das prioridades dos gastos públicos
“Essa insistência no Estado como motor de crescimento produziu essa expansão de gastos públicos, corrompendo a política e estagnando a economia. São dois filhos bastardos do mesmo fenômeno”
Para Guedes, é preciso uma guinada para a economia de mercado, em que o Estado tenha um papel menor, a base do pensamento liberal
“O governo democrático vai inovar e abandonar a legislação fascista da carta del Lavoro”
Paulo Guedes quer rever mais uma vez a legislação trabalhista. A referência é ao conjunto de regras adotadas na Itália no período fascista. Críticos afirmam que o texto inspirou a CLT brasileira. O Globo
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