Não será difícil, como muitos imaginam, a relação do governador Flávio Dino com o presidente Michel Temer.

É que o relacionamento dos dois sempre foi dos melhores.

Para ilustrar o caso, lembremos.

Logo depois de perder a eleição de governo para Roseana Sarney em 2010, Flávio Dino foi convidado por Temer para compor sua assessoria jurídica no Palácio Planalto. Michel também atuou fortemente para que Flávio fosse presidente da Embratur, já que Sarney não queria deixar Dilma nomeá-lo para o cargo.

Michel Temer, que foi advogado, professor de Direito Constitucional e procurador do estado de São Paulo por mais de 20 anos, sempre manteve admiração por Flávio Dino, ex-juiz federal e professor de competência reconhecida nacionalmente. Os dois juristas mantiveram por anos uma relação profícua.

Ontem, Flávio Dino já reuniu com o novo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Na pauta, o andamento da duplicação da BR-135. Foi o primeiro governador a ser recebido pelo ministro, claro, tudo com a anuência de Temer. Foi o primeiro gesto de reaproximação.

Portanto, não passa de bobagem a tese de que Flávio precisa de interlocutor com o novo presidente (ainda mais da parte de deputados dos quais Temer nunca ouviu falar).

Fica evidente, então, que a amizade, respeito e admiração mútua entre Dino e Temer não foi destruída por divergências políticas.