Flávio Dino diz que nunca atendeu qualquer interesse da Odebrecht: “verdade vai prevalecer”
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou, por meio das redes sociais, que tem a “consciência absolutamente tranquila de jamais ter atendido qualquer interesse da Odebrecht”. “Se um dia houver de fato investigação sobre meu nome, vão encontrar o de sempre: uma vida limpa e honrada“, declarou.
Dino está na lista com os 108 alvos dos 83 inquéritos que o procurador Geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht. O governador maranhense se diz inocente. “O justo propósito de investigar crimes muitas vezes atinge injustamente pessoas inocentes. É o meu caso“, asseverou. “Inevitável a indignação por ser citado de modo injusto sobre atos que jamais pratiquei. Mas infelizmente faz parte da atual conjuntura. Tenho absoluta certeza de que a verdade vai prevalecer, separando-se o joio do trigo“, completou.
O ministro do Supremo, Edson Fachin, determinou a abertura de inquérito contra oito ministros, 24 senadores da República e 39 deputados federais. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 23 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
O senador Edison Lobão (PMDB) e o deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) também estão na lista e serão investigados no Supremo Tribunal Federal. De acordo com delações, Lobão recebeu 5,5 milhões de reais para ajudar a anular a licitação da hidrelétrica de Jirau.
Pelo menos dois delatores denunciaram os escândalos de corrupção envolvendo o nome do senador maranhense. Lobão é investigado em um inquérito que investiga se um grupo de senadores do PMDB cometeu fraudes na Petrobras e, em outro, por suspeitas de desvio em obras das usinas de Belo Monte e Angra 3. Ele também já foi acusado de ter pedido dois milhões de reais para o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que iriam para a campanha de Roseana Sarney, em 2010.
Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e fraude a licitações.
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