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Flávio Dino: acampamento no QG do Exército está ‘em fase terminal’

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira que está convicto que os acampamentos na frente dos quartéis do Exército pedindo um golpe de estado estão “em fase terminal”. Dino é um dos encarregados de acompanhar os detalhes da segurança da cerimônia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

— Todos os dias há avanços em relação a isso, e novos avanços ocorrerão. Nós realmente temos a convicção de que esses acampamentos estão em fase terminal, sobretudo o de Brasília — afirmou Dino.

Segundo ele, haverá uma nova reunião nesta quinta-feira entre ele, o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e o delegado Andrei Rodrigues, futuro diretor-geral da Polícia Federal, para avaliação das novas informações.

— Vamos fazer uma nova avaliação a partir do que conseguimos avançar, que foi muita coisa essa semana, tem sido. E aí nós vamos ter, sob a condução do ministro Múcio, a conclusão desse processo de remoção do acampamento — disse.

Operação da PF

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes contra suspeitos de atos antidemocráticos e violentos realizados em Brasília. As forças de segurança do Distrito Federal também tentaram retirar os manifestantes que estão acampados em frente ao QG do Exército, mas desistiram após hostilidades dos militantes bolsonaristas.

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que espera uma ação do Exército para desmobilizar o acampamento. De acordo com ele, a operação foi suspensa por uma decisão do Exército, que avaliou não ser necessária.

Porém, disse ter a garantia de que o acampamento seria removido até o final do dia.
Dino disse que o cumprimento dos mandados de prisão servem como aviso de que crimes cometidos nos acampamentos estão sendo investigados.

— Hoje já houve o cumprimento de mais mandados, estão sendo expedidos, estão sendo cumpridos. Servem também de mensagem no sentido de que crimes cometidos estão sendo apurados — afirmou.

Segundo Dino, ainda não há a definição completa sobre o esquema de segurança para o dia da posse. O futuro ministro da Justiça indicou que algumas decisões só serão tomadas no próprio dia 1 de janeiro.

— Esses detalhes operacionais do dia serão resolvidos no dia. Esses detalhes práticos, do carro, colete, trajeto, tudo isso dependerá do ambiente concreto que você tenha no dia 1 — afirmou. (O Globo)

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