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Ex-presidente da Gutierrez diz que construtora pagou propina a Lobão

Executivos da Andrade Gutierrez declararam, em delação premiada, que a segunda maior empreiteira do país pagou propina pra conseguir obras da Petrobras e do sistema elétrico. E que esse dinheiro chegou à campanha da presidente Dilma Rousseff, na forma de doações legais. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pela TV Globo.

Além do dinheiro para a campanha presidencial, os executivos revelaram novos detalhes sobre outros repasses. Confessaram que, ao lado de mais nove construtoras, pagaram propina em troca do contrato de construção da usina de Belo Monte. E revelaram detalhes das negociações, em 2009, com o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, do PMDB.

Segundo delatores, Lobão afirmou que, por decisão de governo, era preciso criar dois grupos de empresas para dar aparência de competição ao leilão. Na prática, disfarçar um grande acerto que resultaria em pagamentos a partidos políticos.

As empresas se dividiram em dois grupos. A Odebrecht, que estava no primeiro grupo, desistiu. O governo então montou às pressas um novo consórcio de empresas.

Segundo a delação, em 2011 Lobão pediu e recebeu R$ 600 mil, entregues a um de seus filhos e descontados da parcela do PMDB no esquema.

A defesa de Edison Lobão declarou que o ex-ministro nega com veemência qualquer atuação para formar o consórcio vencedor de Belo Monte e que Lobão e o filho não receberam qualquer favorecimento.

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