Ex-padre que delatou rede de corrupção serviu políticos como José Sarney, de quem se dizia confessor
O ex-padre Wagner Augusto Portugal foi, durante anos, o braço direito do cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta. Wagner, que perdeu o direito de usar a batina, agora, é um dos principais colaboradores da Operação S.O.S. — um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio. Como delator premiado, ele confessou sua participação em um desvio milionário dos cofres estaduais que envolveram a organização social católica Pró-Saúde, em 2013.
Portugal confessou participação no desvio de R$ 52 milhões dos cofres do Rio de Janeiro em contratos com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio com a organização social católica Pró-Saúde em 2013. A Pró-Saúde é uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalares do país. O ex-padre era diretor de Relações Institucionais e de Filantropia da Pró-Saúde.
Segundo o jornalista Rodrigo Rangel, da Revista Crusoé, Wagner Portugal servia ao Clero, a empreiteiras enroladas e a políticos como José Sarney, de quem se dizia confessor. Era tão importante que foi incumbido de arrumar dinheiro para reformar os aposentos que serviriam ao papa.
“Ele fazia a ponte entre políticos poderosos e empreiteiras enroladas com a Justiça”, diz a revista.
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