Ex-engraxate brasileiro é o novo bilionário da Forbes
Hoje controlador da Ser Educacional, José Janguiê Bezerra Diniz tem uma fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão
Por Firas Freitas, de Exame.com
O empresário José Janguiê Bezerra Diniz, um ex-engraxate que hoje controla uma das maiores redes de faculdades do nordeste, é o mais novo integrante da lista de bilionários da Forbes.
A matéria da Forbes destaca o crescimento de Janguiê, desde a sua infância na Paraíba, um dos estados mais pobres do país, até a oferta pública inicial de sua companhia, em outubro do ano passado (que a avaliou em cerca de US$ 280 milhões).
Ser Educacional
Fundada em 1994, em Recife, a Ser Educacional iniciou suas atividades através de cursos preparatórios para concursos públicos.
Em 2003, a empresa começou a oferecer cursos de graduação, pós-graduação e ensino técnico para estudantes de média e baixa renda. Hoje ela opera vários campi sob as marcas da Faculdade Maurício de Nassau e Faculdade Joaquim Nabuco.
O mais novo bilionário do Brasil
Apenas no ano passado, 12 milhões de brasileiros se inscreveram em 120 mil concursos públicos realizados no país. Para suprir essa demanda crescente, existe um vasto mercado focado nos chamados “concurseiros”, desde empresas que vendem apostilas a escolas que oferecem cursos preparatórios. Grandes negócios se consolidaram nesse campo e o mais novo bilionário brasileiro começou a construir sua fortuna nele.
José Janguiê Bezerra Diniz, fundador e principal acionista do grupo Ser Educacional, acaba de ser anunciado pela Forbes como o mais novo brasileiro presente em sua seleta lista de bilionários. Fundada em 1994, em Recife/PE, a companhia começou oferecendo cursos preparatórios para os concursos públicos. Mais tarde, em 2003, passaram a oferecer graduações e cursos técnicos para estudantes de classe média e baixa. Hoje, a Ser Educacional é responsável por diversos campus universitários, sob os nomes Faculdade Maurício de Nassau e Faculdade Joaquim Nabuco.
O empresário, nascido na pequena cidade paraibana de Santana dos Garrotes, morou no Mato Grosso do Sul durante a infância e lá “fundou” seu primeiro negócio: uma caixa de engraxar sapatos, que ele usava a serviço dos vereadores da cidade.
Aos 14 anos, seus pais resolveram se mudar para Rondônia. Para acompanhá-los, Janguiê precisaria largar os estudos e passar a trabalhar em uma fazenda. “Eu não queria ser fazendeiro, então dei adeus a eles e fui para Recife sozinho em busca de emprego e uma cama”, relembra à Forbes.
Em outubro do ano passado, o Ser Educacional anunciou a venda de 281,5 milhões de dólares em ações e entrou na bolsa de valores. No primeiro trimestre deste ano foi registrado um volume de US$ 70.400 mil, representando um aumento de 44% em relação ao mesmo período de 2013. O número de alunos matriculados chegou a 113.000, um salto de 51% em relação ao ano anterior. Destes, 64% receberam bolsas de estudo e empréstimos estudantis do governo.
Para a Forbes, Janguiê Diniz revela que não se preocupa com as acusações dos concorrentes de que seu crescimento tem origens suspeitas. “Eu realmente não me importo com essas coisas. Sempre soube que havia apenas duas formas de ficar rico: ou ganhando na loteria ou estudando muito”, contou por telefone.
Graças aos 70% que detém na empresa, cujas ações subiram nas últimas semanas, o patrimônio líquido de Janguiê Diniz é estimado pela Forbes em US$ 1,1 bilhão. (Administradores.com)
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