‘Eu estou até forte demais’, diz Lupi sobre permanecer no Trabalho
DO VALOR, EM BRASÍLIA
No dia em que a queda do ministro do Esporte, Orlando Silva, dominou as discussões no Congresso, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, tentou demonstrar não estar preocupado com a possibilidade de deixar a posição de titular da pasta.
“Eu estou até forte demais, estou pesado, estou precisando até emagrecer. Eu não tenho essa preocupação”, ironizou o ministro após participar de audiência na Comissão de Trabalho na Câmara nesta quarta-feira (26).
A saída de Lupi tem sido ventilada durante uma eventual reforma ministerial a ser empreendida pela presidente Dilma Rousseff no fim deste ano ou no início de 2012. O ministro tem recebido críticas de membros do seu próprio partido, o PDT, pelo grande controle sobre a legenda (Lupi é presidente licenciado da sigla) e também dentro da pasta.
“Acho que quando a gente está em uma função pública, busca desempenhá-la bem. Quem tem que avaliar não sou eu, é a presidente e o partido. Eu acho que se eu estiver bem, vou dizer; se não estiver bem, tenho que cumprir minha função”, afirmou o ministro.
Lupi apontou que os dois nomes do PDT tidos como “líderes” de uma tentativa de tirá-lo do comando da pasta são, na verdade, seus amigos pessoais. “Eu sou amigo de todos os 27 deputados federais [do partido]. Nós temos debates internos em que surgem opiniões, às vezes, divergentes. Mas, por exemplo, do Paulinho [deputado paulista Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical] sou amigo pessoal e o trouxe para o PDT há mais de oito anos. O [deputado pelo Rio de Janeiro] Brizola Neto é meu afilhado, sou padrinho de casamento dele. Então, divergências tem que haver, o partido é democrático”, amenizou.
Paulinho da Força, endossando a posição de Lupi, fez questão de enfatizar, durante a audiência na Câmara, o apoio da organização sindical ao ministro do Trabalho.
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