Enquanto vários outros estados devem servidores, Governo do MA antecipa último pagamento
Apesar da crise econômica que assola estados de todo o país, o Maranhão conseguiu equilibrar as contas e vai pagar de forma antecipada o salário dos servidores. Na próxima sexta-feira, dia 23 de dezembro, a administração estadual pagará os salários referentes ao mês de dezembro, que pelo calendário oficial deveria ser pago nos dois primeiros dias úteis do mês de janeiro.
O estado foi um dos únicos da federação a conseguir fechar 2016 com as contas ‘no azul’.
“No Maranhão, cortamos R$ 300 milhões de custeio e despesas administrativas. Mantemos servidores em dia, as obras e o equilíbrio fiscal”, disse o governador Flávio Dino, comemorando os bons resultados alcançados.
Crise nos estados
Enquanto no Maranhão o governo consegue manter uma boa relação com o funcionalismo público, inclusive antecipando pagamentos, estados com economia mais forte, como o Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul, vem protagonizando uma série de conflitos entre servidores e as administrações desses estados.
Nesta terça-feira (20), dezenas de servidores do Estado do Rio de Janeiro protestaram em frente a Assembleia Legislativa do estado (Alerj) reivindicando o fim do parcelamento dos seus salários e o pagamento do décimo-terceiro.
Em Porto Alegre (RS), confronto entre servidores públicos estaduais e policiais militares também iniciado nesta terça, resultou em pelo menos três policiais civis feridos por balas de borracha disparadas pela Brigada Militar. Na capital gaúcha esse já foi o segundo dia de protestos contra a votação das medidas anticrise anunciadas pelo governo do Rio Grande do Sul.
Policiais e bombeiros de Minas Gerais voltaram a se manifestar nesta terça-feira, em frente à Assembleia Legislativa, contra projeto de lei que prevê a renegociação das dívidas dos estados.
Caso também seja aprovado, o projeto – denominado por muitos como “pacote de maldades” – limita os estados a gastarem apenas o teto do índice de inflação pelos próximos dois anos, o que, segundo os trabalhadores, pode comprometer os profissionais e o exercício de várias atividades do serviço público nesses estados.
Responsabilidade fiscal e administrativa
“A primeira medida que adotamos foi cortar mais de R$ 300 milhões em despesas administrativas, nas várias áreas do Governo. Com isso, mantivemos salários dos servidores rigorosamente em dia e temos um corajoso programa de investimentos, que tem mantido empresas funcionando e trabalhadores ocupados”, declarou o governador Flávio Dino no artigo “Desenvolvimento e responsabilidade”, publicado no último domingo (18).
No texto, Flávio Dino disse ainda se sentir orgulhoso por garantir o pagamento dos servidores e dos aposentados, sem parar de investir na melhoria do funcionalismo público, e sem esquecer da responsabilidade fiscal, lembrando que em 2016 o Tesouro Nacional classificou o Maranhão entre os 14 estados do Brasil com o selo de ‘boa situação fiscal’.
“Há quem talvez preferisse demitir servidores, parar obras, fechar hospitais e escolas. Isso só aumentaria a crise, além de ser uma brutal injustiça social. Nosso caminho é outro: o do desenvolvimento com responsabilidade fiscal”, lembrou Dino.
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