Eleição “difícil”: Roseana não terá a máquina de fazer votos
Blog do Ed Wilson – Roseana Sarney reuniu correligionários do PMDB para um ensaio de candidatura ao Governo do Maranhão.
Ela disse que, se for candidata, a eleição de 2018 será “difícil”.
O adjetivo traduz a dura realidade que o grupo liderado por José Sarney terá pela frente: disputar uma eleição sem a chave do cofre do Palácio dos Leões.
Em quase todas as disputas, Roseana Sarney sempre foi beneficiada pela conjugação de duas máquinas de fazer votos: a federal e a estadual.
Aliado de todos os governos em Brasília, inclusive de Lula (PT), José Sarney operava os seus interesses familiares por dentro dos poderes da República.
Em 2018 a família não terá dinheiro público do Maranhão para investir na campanha. Restará, apenas, o governo federal.
Se Michel Temer abrir a torneira do Palácio do Planalto, Roseana Sarney entra na disputa. Mesmo assim, fragilizada, apenas pela metade.
Ela também não terá o apoio de Lula, cabo eleitoral forte em qualquer circunstância, mesmo que esteja preso.
Ventila-se que Roseana Sarney será nomeada ministra das Cidades, dando a ela condições de montar uma estrutura de campanha para enfrentar o governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição.
Apenas com o apoio da máquina federal, ainda que seja ministra, ela não terá todas as armas nem munição suficiente para ganhar a eleição.
É por isso que ela disse que a eleição de 2018 é difícil.
Só era fácil quando José Sarney tinha nas mãos o apoio de Brasília, o Palácio dos Leões, o Judiciário e as prefeituras.
Agora, é outro jogo.
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