Edivaldo fez o essencial nos 100 dias de gestão; Veja comparação com o governo de ACM Neto em Salvador
É perfeitamente compreensível as cobranças feitas a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Foram compromissos assumidos na campanha com os moradores de São Luís que devem ser cumpridos ao longo de quatro anos. Até aí muito justo, sensato. O que não é coerente da parte de alguns é exigir a concretização, em apenas 100 dias, do que se propôs o prefeito a fazer durante todo o seu mandato.
Como implantar, por exemplo, o Bilhete Único em três meses? Impossível. Em São Paulo o Bilhete Único começou a ser implementado em 2001 e lançado no dia 18 de maio de 2004, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy. Ou seja, três anos depois. Mas em São Luís, na avaliação dos críticos, tinha que ser posto em funcionamento em um trimestre.
Falta-lhes bom senso.
Na coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, no Palácio La Ravardière, Edivaldo disse que os procedimentos de estudo do Bilhete Único estão sendo realizados e logo que for concluído será dado início à licitação. Em linhas gerais, quis dizer que etapas precisam ser cumpridas. Não é um processo abrupto. Da mesma forma que a licitação do transporte público. Edivaldo assegurou que ‘até o ano que vem a previsão é que todo processo esteja concluído’. O que justifica, portanto, os ataques fora de tom e o julgamento antecipado – e por que não injusto – contra o chefe do executivo municipal? O rapaz reafirmou que vai tirar do papel tudo o que apresentou no seu plano de governo durante a campanha e detalhou com clareza as medidas até então tomadas para colocá-lo em prática.
O grande hospital de urgência e emergência da capital também é outro tema recorrente nos discursos da oposição. Vale lembrar que o ex-prefeito João Castelo só conseguiu emitir ordem de serviço no último ano de seu mandato, devido as enormes dificuldades que lhe impuseram.
Adversários do tucano no governo do Estado (os que outrora lhe agrediam e caluniavam e hoje fazem média), alguns dos mesmos que perseguem Edivaldo, criaram uma série de embaraços para que o hospital não saísse. Inclusive com ações na justiça. A oligarquia deve querer atrapalhar novamente, vale alertar.
Em relação ao hospital Dr. Jackson Lago prometido com ênfase na campanha, Holanda Júnior garantiu no diálogo aberto, franco e transparente com os jornalistas (algo que certa governadora não que condiz à satisfação de seus atos de governo à população) que nos próximos dias será definido o local de sua construção. Na mesma linha, o prefeito afirmou que também está sendo definido o terreno para a construção de 10 novas escolas para o ensino fundamental, 26 creches e 36 quadras poliesportivas na capital.
Segue o rito de modo gradativo, planejado, eficiente.
Enfim, o prefeito publicizou os encaminhamentos, prestou contas da sua administração e provou que os compromissos firmados com a população estão e serão concretizadas no tempo que lhe conferem – algum deles de forma mais urgente e outras a médio e longo prazo. Natural em qualquer administração.
Num dos pronunciamentos feitos contra o governo Edivaldo nesta semana, chegaram a comparar a gestão petecista ao do também jovem ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador. Afirmam que o prefeito da capital baiana foi infinitamente melhor que o alcaide ludovicense nestes primeiros 100 dias. Bom, fizemos um paralelo de maneira didática das ações desencadeadas por cada um dos governos neste ínterim. O leitor do blog pode, assim, comparar e tirar a própria conclusão.
Edivaldo 100 dias (São Luís) ACM Neto 100 dias (Salvador)
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Adendo
Em entrevista concedida ao G1 BA nesta quarta-feira (10), o democrata ACM Neto comentou queixas a respeito do trânsito e do transporte municipal, entre outros itens. Confira a seguir:
“Eu acho que o drama maior, coletivo, que atende a todas as classes sociais, a todos os bairros da cidade, é o problema do trânsito. A gente sabe que tem que questões muito sérias na cidade, como a saúde pública. Para a população carente, o problema da saúde, é o problema mais grave. Agora, se a gente for ver de uma maneira geral, que pega a cidade de ponta a ponta, é o problema do trânsito. Nós estamos estudando uma série de medidas que vão desde engenharia de trânsito, tráfego, de ordenamento da cidade, passando pela central de operações que nós queremos montar, renovação das frotas de ônibus e redesenho das linhas pela obra do metrô, que o governo vai tocar, até investimentos de estrutura viária que a prefeitura pretende realizar. Precisamos redesenhar as linhas para diminuir o tempo de deslocamento origem-destino, em Salvador. O problema é exatamente a organização das linhas. Você tem algumas linhas que são superlotadas e outras linhas que têm muito pouco passageiro. Tem alguns bairros que são atendidos por um número grande de linhas e tem outros que não atendidos por linha nenhuma. Então, esse redesenho, essa reengenharia, é o coração da licitação dos ônibus que a prefeitura vai fazer. Na verdade, eu logo que tomei posse eu procurei não estabelecer prazos para as coisas. Podemos fazer muitas coisas pela cidade, sobretudo, iniciar o processo de arrumação da casa, de organização administrativa e financeira do município e de melhoria dos serviços públicos essenciais da cidade. Mas felizmente, eu acho que que nesse prazo, nesse período a gente conseguiu avançar em coisas importantíssimas para Salvador. Primeiro, restabelecendo a ordem, mostrando que existe poder constituído, que existe autoridade na nossa cidade. Limpando Salvador, mais de mil toneladas de lixo foram recolhidas. Tapa buraco funcionando bem, a iluminação melhorando a qualidade, a conservação do espaço público melhorando, o serviço prestado pela prefeitura melhorando, inaugurações que nós já fizemos, ordem de serviço, domingo é meia. Em menos de 100 dias, nós apresentamos isso“, aponta o prefeito de Salvador.
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