É o maior da história: 1,4 milhão de pessoas na Paulista, segundo a PM
É claro que vai ser um quiproquó essa história da quantidade de pessoas na Avenida Paulista. Eu não tenho intenção de bater boca com o Datafolha. Leio agora que, numa avaliação ainda parcial, o instituto fala em 450 mil pessoas — o que teria superado um recorde anterior, então, de 400 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, em 16 de agosto de 1984.
O instituto adverte que a contagem é ainda parcial. Mais: no dia 15 de Março, o Datafolha estimou 210 mil pessoas. Hoje, então, haveria mais do que do dobro de pessoas? Quando menos, mesmo se admitindo apenas os 450 mil de hoje, não se subestimou aquele manifestação?
O Movimento Brasil Livre utilizou uma tecnologia de ponta chamada SmartLok, desenvolvida e cedida gratuitamente ao grupo pela startup israelense StoreSmarts. Ela serve para estimar a presença de público em concentrações. Trabalha com uma antena ligada a um computador para emitir um sinal de frequência que reconhece celulares que estejam com o Wi-Fi ligado. Essa ferramenta registra o IP do aparelho.
Vários computadores com antenas foram empregados para abranger toda a Avenida Paulista e ruas adjacentes. Ao mesmo tempo, militantes do MBL entrevistaram grupos de pessoas para saber a proporção dos presentes que estavam com os aparelhos. Muito bem. Segundo esses dados, passaram pela Paulista 1,4 milhão de pessoas, numero que coincide com o da Polícia Militar.
Mas vamos deixar isso de lado por enquanto. O instituto admite que São Paulo assiste à maior manifestação política de sua história. E isso quer dizer que, no conjunto, temos um novo marco: o 13 de março.
E era esse o recado que tinha de ser dado. (Reinaldo Azevedo)
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