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Dúvidas a serem esclarecidas sobre o ”Caso Brunno Matos”

Em razão de muitos pontos não esclarecidos sobre o julgamento dos três acusados da morte do advogado Brunno Matos, buscamos junto a fontes que estiveram no Fórum Desembargador Sarney Costa, na última quinta-feira (2), mais detalhes sobre o que foi apresentado no tribunal do júri.

Lembrando que:

*Brunno Matos – assassinado na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, no bairro do Olho D´Água em São Luís

*Diego Henrique Marão Polary – acusado de ser o assassino de Brunno Matos

*Carlos Humberto Marão Filho – tio de Diego acusado por participação no homicídio

*João José Nascimento Gomes – vigia da rua na ocasião do crime

*Alexandre Matos – irmão de Brunno Matos

* Kelvin Kim Chiang – estava junto com Alexandre Matos, tentou defender Brunno Matos e foi ferido

Abaixo, transcrevemos ipsis litteris o repassado por um leitor do blog presente ao julgamento.

Foi exposto no julgamento que Carlos Marão, tio de Diego Polary, não estava com nenhuma arma, e a faca do vigia que ficou cravada nas costas do Kelvin não possuía nenhum traço de DNA nem do Bunno e nem do seu irmão Alexandre, portanto os advogados de acusação alegaram que foi usada outra faca.

As perfurações no corpo do Brunno e do Alexandre foram comprovadas pelo ICRIM que se tratavam de perfurações feitas pela mesma arma, que não foi a faca do vigia. A faca foi periciada em Brasília, pois o ICRIM-MA alegou não ter condições de fazer exame de DNA.

O vigia confessou que esfaqueou Kelvin pelas costas quando voltava de pegar os cachorros.

No início da confusão estavam presentes Carlos Marão e o vigia da rua João José Gomes, sendo que este se deslocou até a casa de eventos para buscar os cachorros do Marão que haviam adentrado naquele local.

Enquanto Brunno Matos discutia com Marão, surge uma terceira pessoa, a qual o golpeou Brunno sem dar-lhe nenhuma chance de defesa, e em seguida partiu para atingir Alexandre (irmão de Brunno) que se encontrava a uns oito a dez metros do mesmo, que apenas recuou e encostou-se no muro.

Foi divulgado no dia do júri, um áudio onde Carlos Marão confessa que quem desferiu as facadas em Brunno e Alexandre foi Diego Polary. Consta dos autos e está gravado em áudio.

Foi questionado por que um tio e padrinho iriam colocar na cena do crime o Diego. Ainda dentro da viatura, Marão (tio de Diego) confessou a um sargento que Diego Polary participou do assassinato.

O vigia informou à OAB e ao juiz que estava sendo ameaçado pelo Marão para que o mesmo não colocasse Diego na cena do crime, pois caso isso acontecesse ele seria um homem morto.

Os advogados de defesa de Diego Polary sustentaram que o mesmo não se encontrava no local do crime e que estava dormindo, longe do local onde tudo aconteceu. A acusação rebateu ao dizer que todos dizem que em razão do som alto, ninguém conseguiu dormir, mas só Diego alegou estar dormindo, e acordou após o encerramento da festa, quando a diarista tocou a campainha.

Houve a seguinte indagação: se Carlos Marão estava desarmado e a faca do vigia ficou cravada nas costas do Kelvin e não possui nenhum material biológico do Brunno nem do Alexandre, quem matou o Brunno e esfaqueou o Alexandre?

Comentário do blog:

O grande mistério que ficou por conta da outra faca usada na cena do crime, utilizada para assassinar Brunno Matos. Já que a primeira faca, a do vigia, que ficou cravada nas costas do Kelvin não possuía nenhum traço de DNA nem do Brunno e nem do seu irmão Alexandre. Outro ponto é a pena arbitrada. Uma vez Diego Polary condenado pelo assassinato de Brunno Matos, a pena jamais poderia ser oito anos de prisão.

O julgamento

Julgamento dos acusados da morte do advogado Brunno Matos, em São Luís (Foto: Flora Dolores/ O Estado)

A Justiça decidiu condenar na madrugada desta sexta-feira (3) no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, os três acusados de matar o advogado Brunno Eduardo Matos ocorrida na madrugada do dia 6 de outubro de 2014. O julgamento dos três acusados durou aproximadamente 19 horas.

Os réus Carlos Humberto Marão Filho, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes foram considerados culpados e condenados a prisão pela a morte do advogado Brunno Matos e também pela tentativa de homicídio de Alexandre Matos, irmão dele, e Kelvin Kim Chiang, amigo do advogado morto.

Segundo a decisão judicial, Diego Polary foi responsabilizado por ter sido o autor das facadas que levaram o Brunno a morte e foi condenado a oito anos de prisão, Carlos Humberto Marão por participação no homicídio e nas tentativas de homicídio foi condenado a seis anos de reclusão e João José, que era o vigilante da rua na ocasião do crime, foi condenado a um ano de detenção.

Os acusados deverão recorrer das decisões em liberdade porque o resultado dessas penas ainda serão transitados e julgados.

Entenda o caso

O advogado Brunno Eduardo Soares Matos, de 29 anos, foi assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), realizada no comitê de campanha do candidato, no bairro Olho-d’Água, em São Luís.

O irmão dele, Alexandre Soares Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang, também foram feridos. Segundo informações da polícia, o crime teria sido resultado de uma discussão por causa do som alto da festa.

Inicialmente, Carlos Humberto Marão Filho, de 38 anos, foi aprontado como principal suspeito do crime. No dia 16 de outubro, o vigilante João José Nascimento Gomes assumiu a autoria do assassinato. À polícia, ele disse que não lembra a ordem dos fatos, mas que foi ele quem desferiu os golpes de faca nas vítimas. No dia 21 de outubro o vigilante foi até a sede da Ordem dos Advogados do Brasil da seccional do Maranhão (OAB-MA) e negou toda a autoria do crime.  A informação é do G1 MA.

Ele disse que foi coagido por um advogado a assumir a autoria do crime e ainda que teria recebido a quantia de R$ 4,9 mil para declarar-se culpado.

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