Disputa no sindicato dos professores pode prejudicar alunos de São Luís
Mais uma vez o sindicato dos professores de São Luís assume uma postura controversa, motivada por questões políticas e que pode arriscar toda a categoria profissional que a entidade diz representar e defender. Mesmo com a proposta de reajuste de 10,67% oferecida pela prefeitura de São Luís, o sindicato teima em exigir mais: quer 11,36%, retroativo a janeiro, ou é greve. A assembleia de professores que votará pelo início ou não da paralisação está marcada para a manhã desta quinta-feira, 19.
Dois grupos disputam atualmente o controle do Sindicato dos professores de São Luís. Um é o da atual presidente, Elisabeth Castelo Branco; o outro é o do professor Antonísio Furtado, de postura mais radical e ligado a grupos de extrema esquerda. Uma eventual greve de professores nesse contexto seria motivada mais pela disputa interna e política entre os dois grupos do que pelo efetivo interesse em garantir direitos e bons salários aos professores.
Além disso, ao longo da gestão Edivaldo, o aumento salarial oferecido aos professores já soma 28,43%. Foram 9,5% em 2013, 5,9% em 2014 e 13,67% em 2015. O acumulado dos últimos três anos é superior tanto ao reajuste do salário mínimo quanto à inflação.
A proposta de 10,67%, escalonada em três vezes, foi formulada com base na análise da capacidade orçamentária do município. Vale lembrar que os professores tem uma fonte exclusiva de recursos que garante o seu pagamento: É o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais do Magistério (Fundeb). Atualmente, a prefeitura já utiliza a totalidade dos recursos do Fundeb para pagar a folha de professores. Mesmo com essa proposta, será preciso um complemento de R$26,5 milhões ao Fundeb para que a prefeitura consiga pagar o salário dos professores. Deve ser levado em conta, também que a Prefeitura deve efetuar o reajuste do funcionalismo municipal como um todo.
Além do pagamento do salário dos professores, a lei do Fundeb prevê o recurso custeie outras demandas da educação como manutenção e melhorias físicas das escolas, entre diversas outras demandas da educação que precisam ser atendidas com urgência.
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