Diretora do Sindeducação abandona greve e anuncia retorno à sala de aula
Uma nova e importante baixa comprometeu ainda mais a sobrevivência da greve puxada pelo sindicato dos professores de São Luís. A professora Luciane Moraes, 2ª diretora do Sindeducação e integrante do comando de greve decidiu, na última sexta-feira, abandonar o movimento paredista e retornar à sala de aula. Ela anunciou a saída em um desabafo publicado em sua página pessoal no Facebook. “Pelo que estamos lutando? O meu pensamento de conquista é diferente”, alegou. Com o início do segundo semestre letivo mas escolas do município, a atmosfera tem sido de retorno. Mais de 60% das escolas já estão funcionando.
A professora Luciane não é a primeira integrante da diretoria do Sindeducação a se manifestar contrariamente aos rumos da paralisação. Desde que a greve começou, outros diretores já renunciaram a suas funções – entre eles, dois integrantes do Conselho Fiscal. Para a presidente Elisabeth Castelo Branco, sobraram as cobranças de seus opositores, para que ela apresentasse a prestação de contas de sua gestão, devida desde abril.
Em seu desabafo nas redes sociais, a professora Luciane também manifesta preocupação quanto à apropriação, por parte de lideranças partidárias, de um movimento que deveria ser dos professores. Lideranças do PSTU e do Psol estiveram presentes nas últimas manifestações dos educadores e circula na blogosfera maranhense a informação de que o PMDB também estaria envolvido nos protestos feitos com a intenção de desestabilizar a Prefeitura (existe um áudio com afirmações de um senador e um vereador do partido dando a entender que estavam por trás de movimentos).
Problemas seriam melhor resolvidos com empenho e diálogo. Tanto que não conseguiu mobilizar toda a categoria e agora vem perdendo mais adeptos a cada dia. No final das contas, fica a sensação de que este movimento tem servido a tudo – menos aos próprios professores, aos estudantes e suas famílias.
A luta de professores é legítima, a categoria tem um trabalho árduo e não tem o devido reconhecimento salarial. Por outro lado, é necessário que se faça movimento com propósito verdadeiro e sem a interferência de forças que visam, unicamente, o proveito político. Quem cobrem seus direitos com responsabilidade e respeito e não sirvam de massa de manobra para fins eleitoreiros.
Outro lado
O que é VERGONHOSO é a postura querendo desmoralizar a categoria de professores. Não existe nenhum vinculo, manobra partidária e financeira com esses partidos citados. A luta da categoria é legítima, o objetivo da nossa greve esta ligada a nossa missão de educar, a Lei do Piso, aos nossos direitos que não são respeitados pela administração pública, as estruturas das escolas e as condições de trabalho. Além de outras reivindicações. É muito triste ver profissionais que dependeram um dia do professor, difamar, criminalizar e desmoralizar uma categoria que luta arduamente, dia a dia, sol a sol por seus direitos e dos seus alunos. LAMENTÁVEL! Mas, mesmo diante desse contexto , estamos na luta firmes e fortes!
Presidente do SINDEDUCAÇÃO, Elizabeth Castelo Branco
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